Prefeito de Araucária é desafiado pelo TCE-PR em denúncia de corrupção

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) acolheu um dossiê explosivo que lança luz sobre o possível superfaturamento em um contrato milionário entre a Fundação Instituto Administração (FIA) e a Prefeitura de Araucária.

As revelações, feitas pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Araucária (SIFAR) e Sindicato dos Servidores do Magistério de Araucária (SISMMAR), expõem práticas duvidosas que levantam sérias questões sobre a transparência e responsabilidade administrativa.

A denúncia, acatada pelo Conselheiro do TCE-PR Maurício Requião de Mello e Silva, destaca que o contrato, realizado sem licitação, apresenta uma série de irregularidades.

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O prefeito Hissam Hussein Dehaini (sem partido) e o secretário Municipal de Finanças, Lauro Luciano Stall, assinaram um contrato de quase R$ 10 milhões com anexos em branco, omitindo informações essenciais como o objeto da contratação, a forma de execução dos serviços, os preços cobrados e o cronograma de pagamento.

O dossiê revela uma manipulação suspeita nos valores dos serviços oferecidos pela FIA.

Economia

No processo de contratação, o montante inicial acordado nunca foi alterado, mesmo diante de mudanças significativas nos serviços e valores.

Serviços desapareceram do contrato final, como a “Análise de Gestão Orçamentária do RPPS,” que custava inicialmente R$ 249.655,17.

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Surpreendentemente, segundo o SIFAR, esse serviço foi retirado do contrato sem justificativa, enquanto a soma total permaneceu inalterada.

Outros serviços, como o “Plano de Trabalho Atuarial com Modelagem Específica,” apresentam valores muito acima do mercado – continua a entidade sindical.

Enquanto o Fundo de Previdência Municipal de Araucária paga R$ 54 mil pelo cálculo atuarial, a FIA cobrou mais de R$ 2,9 milhões.

Uma disparidade chocante de 53 vezes mais do que a média de mercado, levantando sérias questões sobre a ilegalidade nos preços praticados.

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O presidente da Câmara de Vereadores de Araucária, Ben Hur Custódio (Cidadania), denuncia que o contrato entre a Prefeitura e a FIA faz parte de um “esquema de corrupção”.

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Servidores pedem providências sobre suposto esquema de corrupção em Araucária. Foto: divulgação
Servidores pedem providências sobre suposto esquema de corrupção em Araucária. Foto: divulgação

Em um áudio, ele menciona desvio de verba, valores recebidos e sugere que mais de R$ 2 milhões foram retirados dos R$ 10 milhões do contrato.

Essas revelações fortalecem os indícios de adulteração no contrato da FIA e suscitam a suspeita de desvio de verba pública, além de possível improbidade administrativa por parte da Prefeitura.

Para justificar a contratação sem licitação, a Prefeitura de Araucária alegou que a FIA, por estar ligada à Universidade de São Paulo (USP), possuía conhecimento singular para realizar os “estudos.”

No entanto, a empresa tem conexão com a USP apenas em projetos de pesquisa e extensão, não relacionados à consultoria oferecida às prefeituras.

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Este argumento levanta dúvidas sobre a legitimidade da contratação, considerando que diversas empresas no país oferecem serviços semelhantes e deveriam passar por processos licitatórios.

As revelações do dossiê não apenas colocam em xeque a integridade do contrato entre a FIA e a Prefeitura de Araucária, mas também levantam sérias preocupações sobre a responsabilidade fiscal e transparência nas práticas administrativas.

O TCE-PR agiu com rapidez ao acatar a denúncia, e agora cabe à Prefeitura e à FIA esclarecerem as inúmeras irregularidades apontadas.

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A sociedade araucariense exige respostas e a garantia de que o dinheiro público seja utilizado de maneira ética e eficiente pela administração do prefeito Hissam Hussein Dehaini.

Portanto, além da possibilidade de afastamento judicial do prefeito, a Câmara Municipal também estuda a criação de CPI para investigar esse suposto “esquema de corrupção” denunciado pelo vereador Ben Hur.

Que o nosso Senhor Jesus Cristo tenha piedade da cidade de Araucária.

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