Polônia diz que é possível o envio de tropas da OTAN na Guerra da Ucrânia

O ministro de Negócios Estrangeiros da Polônia, Radosław Sikorski, em debate no Parlamento polaco, não descartou a presença de tropas da OTAN na Guerra da Ucrânia. Afirmou que tal presença “não é impensável”, destacando a iniciativa do presidente francês, Emmanuel Macron, nesse sentido.

Agradecendo a Macron pela iniciativa, Sikorski ressaltou a importância de gerar receio em Vladimir Putin, enfatizando que o objetivo é que Putin tema as consequências de suas ações, não o contrário. Contudo, é crucial considerar que as declarações de Macron geraram protestos de outros líderes, demonstrando a delicadeza do tema.

Após a controvérsia, as autoridades francesas procuraram esclarecer a posição de Macron, insistindo na necessidade de enviar um sinal claro à Rússia. Nesse contexto, foi admitida a possibilidade de enviar instrutores militares, evitando um envolvimento direto em combates.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 torna a situação ainda mais delicada. Moscou alertou que um conflito direto entre a OTAN e a Rússia será inevitável se tropas de combate forem enviadas para a Ucrânia, levantando a ameaça de uma guerra nuclear global, conforme alertado por Vladimir Putin.

Líderes poloneses, incluindo o primeiro-ministro Donald Tusk e o presidente Andrzej Duda, afirmaram a não intenção de enviar tropas para a Ucrânia. No entanto, a visita planejada a Washington para uma reunião na Casa Branca indica a busca por apoio dos Estados Unidos para ajudar a Ucrânia, considerando o papel estratégico da Polônia como membro da OTAN.

O receio de uma esfera de interesses russa na região, alimentado pela história da Polônia sob controle russo, adiciona mais tensão às decisões geopolíticas. O medo de que a Rússia possa expandir sua influência em outros países após a vitória na Ucrânia é uma preocupação dos poloneses e dos europeus.

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