PF interroga militares, incluindo comandantes, sobre possível participação ou omissão em atos golpistas em 8 de janeiro

Nesta quarta-feira (12/4), a Polícia Federal começou a ouvir cerca de 80 militares do Exército a respeito dos atos de vandalismo ocorridos em prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. O objetivo da investigação é esclarecer a possível participação ou omissão desses militares antes ou durante os atos golpistas, que deixaram as sedes dos Três Poderes amplamente depredadas.

Entre os militares já interrogados está o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que era responsável pelo Comando Militar do Planalto na data dos eventos. O coronel Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão de Guarda Presidencial, também foi ouvido.

A PF montou uma força-tarefa com aproximadamente 50 agentes para interrogar os militares. As oitivas estão sendo realizadas na Academia Nacional de Polícia, em Brasília, e a ideia é ouvir todos em um único dia para evitar que os depoimentos sejam influenciados uns pelos outros.

Os investigadores buscam esclarecer as declarações do coronel Jorge Eduardo Naime, que afirmou à CPI dos Atos Democráticos, conduzida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, que membros do Exército tentaram impedir a prisão de manifestantes. Além disso, a PF quer entender por que tanques do Exército foram colocados entre policiais militares e acampamentos de bolsonaristas em frente ao Quartel-General, em Brasília, na noite de 8 de janeiro, e por que as pessoas acampadas no local só foram presas no dia seguinte.

A Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação preliminar no mês passado para apurar a eventual responsabilidade de militares do Exército nos atos antidemocráticos. A medida foi tomada após o Supremo Tribunal Federal decidir que os militares envolvidos com atos golpistas devem ser julgados pela Justiça comum, e não pela Justiça Militar.

Confira abaixo os principais pontos da matéria:

Economia

  • Polícia Federal (PF) ouve cerca de 80 militares do Exército sobre atos golpistas em 8 de janeiro;
  • Objetivo é esclarecer possível participação ou omissão desses militares nos eventos;
  • Força-tarefa com aproximadamente 50 agentes foi montada para colher depoimentos na Academia Nacional de Polícia, em Brasília;
  • PF quer esclarecer declarações de coronel sobre membros do Exército que teriam tentado impedir prisão de manifestantes e sobre tanques do Exército colocados entre policiais militares e acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General, em Brasília;
  • Procuradoria-Geral da República abriu investigação preliminar sobre eventual responsabilidade de militares do Exército nos atos antidemocráticos.

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