Pedágio: Renan Filho vai trair Lula no Paraná? Faça a sua aposta!

[Atualização às 21h24: “Cancelada a agenda do ministro dos Transportes em Curitiba. Agora, só falta cancelar o projeto de pedágio mais caro da história do Paraná. Seguimos …” Twitter do deputado Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná.]

O pedágio no Paraná é um tema controverso e polêmico há anos. Nesta sexta-feira (3/3), o governador Ratinho Junior (PSD) e o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), assinam as delegações das rodovias estaduais dos dois primeiros lotes da nova concessão de rodovias no Paraná, o que levanta novas discussões sobre o assunto.

O lote 1, com extensão total de 473,01 km, inclui as ligações entre Curitiba e Guarapuava (Trevo do Relógio) e Guarapuava a Ponta Grossa, além da Região Metropolitana de Curitiba. Já o lote 2 tem extensão total de 600 km e inclui as ligações entre Curitiba-Litoral, Ponta Grossa-Jaguariaíva, Jaguariaíva-Ourinhos (na divisa com São Paulo) e Ourinhos-Cornélio Procópio.

Os valores das tarifas ainda não foram divulgados, mas é provável que continuem sendo altos, como já ocorreu nas rodovias paranaenses quando eram concedidas à iniciativa privada. Além disso, muitos questionam a qualidade do serviço prestado pelas empresas concessionárias, que nem sempre realizaram as obras e melhorias prometidas. Nesse ponto, uma questão: as pedageiras deixaram de realizar cerca de R$ 10 bilhões em obras, embora esse valor tenha sido cobrado dos usuários.

A questão do pedágio é especialmente sensível no Paraná, já que o estado possui uma das tarifas mais caras do país. A população local e as empresas que dependem do transporte rodoviário para o escoamento de suas mercadorias esperam que a nova concessão traga melhorias efetivas para as rodovias e que os valores cobrados sejam justos e adequados à qualidade do serviço prestado.

No entanto, há uma desconfiança generalizada de que as novas concessionárias vão manter a mesma lógica de lucratividade a qualquer custo, prejudicando o interesse público e o desenvolvimento econômico do estado. O que está em jogo é o modelo de concessão que vem aí: ou aquele bolsonarista definido pelo antigo governo ou a proposta do pedágio de manutenção formulada por Lula.

Economia

Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula prometeu uma tarifa máxima de pedágio a cinco reais, o que não parece estar em linha com os planos do atual governador do Paraná, Ratinho Junior.

Na verdade, Ratinho Jr. tem planos de implantar mais 15 praças de cobrança, o que certamente não é uma boa notícia para a população que já paga uma das tarifas de pedágio mais caras do país. Além disso, o governador planeja cobrar uma tarifa ainda mais alta do que antes, chegando a R$ 21, durante 35 anos, prazo de validade do contrato. Claro com os aumentos previstos nos degraus tarifáricos, que seriam disparados com supostas obras.

Tudo isso leva a uma série de questionamentos por parte da população e das empresas que utilizam as rodovias paranaenses. Como será possível desenvolver a economia do estado e atrair novos investimentos se as tarifas de pedágio continuarem tão elevadas?

A população do Paraná espera que o governo federal, representado nesse ato por Renan Filho, leve em consideração as promessas feitas pelo presidente da República durante a campanha eleitoral e trabalhe para reduzir o impacto do pedágio no bolso dos cidadãos. Afinal, a infraestrutura rodoviária é essencial para o desenvolvimento econômico do estado.

Portanto, a pergunta que não quer calar é a seguinte: Renan Filho vai trair Lula no Paraná? Faça a sua aposta!

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