Falhou no domingo (23/10) a bala de prata do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) a favor do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL).

A uma semana das eleições, o aliado de primeira hora de Bolsonaro recebeu policiais federais a tiros de fuzil e granadas. Ele estava entrincheirado na sua residência na cidade de Comendador Levy Gasparian, região sul do estado do Rio de Janeiro.

Roberto Jefferson foi açulado pelo bolsonarismo, que, para ele, é um credo. O ex-deputado acreditava que estava numa cruzada moral contra o comunismo e o PT em nome do presidente da República.

Bolsonaro pariu Roberto Jefferson, então, que o embale.

O presidente cessante chegou a dizer que não existia foto dele com o aliado de primeira hora, o famigerado ex-presidente do PTB. As redes sociais se encarregaram de provar mais uma mentira de Bolsonaro.

– Não tem uma uma foto dele comigo, nada – mentiu o inquilino do Palácio do Planalto, sem ficar vermelho, durante uma sabatina da TV Record realizada no domingo à noite.

– Nós não somos amigos, não temos relacionamento. E tratamento pra pessoas que são corruptas ou agem dessa maneira como Roberto Jefferson agiu, xingando uma mulher e também recebendo a bala policiais, o tratamento dispensado pelo governo Jair Bolsonaro será de bandido – mentiu outra vez.

O povo não é bobo, Jair Messias Bolsonaro.

Bolsonaro tenta contornar a crise de imagem ao buscar às pressas se dissociar de Jefferson, pois falhou a bala de prata do amigo e apoiador. Foram 20 disparos de fuzil e duas granadas arremessadas contra agentes da lei. Dois ficaram feridos.

No desespero, Bolsonaro agora luta para jogar Jefferson no colo do PT e de Lula.

Cinicamente, na entrevista à Record, o atual mandatário relacionou Roberto Jefferson ao escândalo do mensalão de 2005. No entanto, o ex-deputado atuou naquela época como algoz e delator de petistas, dentre os quais José Dirceu, então ministro da Casa Civil no governo Lula.

Enfim, o caso Roberto Jefferson jogou a campanha de Jair Bolsonaro nas cordas.

Já o presidente, sempre no desespero, abandonou o aliado na estrada classificando-o como “bandido”.

Quem pariu e açulou Roberto Jefferson – no caso Jair Bolsonaro – que o embale.

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