Novo juiz do TRE-PR pode assumir no próximo dia 19 e acelerar julgamento de Sergio Moro

O aguardado desfecho da nomeação do juiz José Rodrigo Sade para o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está prestes a se concretizar. Após a indicação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sade poderá assumir suas funções na próxima segunda-feira, dia 19 de fevereiro, aguardando a publicação oficial no Diário Oficial da União (DOU).

Caso a nomeação não ocorra no início da semana que vem, o TRE-PR ficará incompleto, com apenas seis juízes, até a sessão presencial de 28 de fevereiro. Essa espera se torna crucial, especialmente diante da relevância dos casos que aguardam julgamento.

José Rodrigo Sade se junta ao corpo de magistrados encarregados de julgar ações contra o senador Sergio Moro (União-PR). Sua nomeação foi resultado da lista tríplice aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 1º de fevereiro. No entanto, a escolha de Lula, anunciada em 7 de fevereiro, colocou Sade como peça-chave nesse cenário.

Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, enfrenta uma batalha jurídica intensa, com alegações de corrupção nos gastos da pré-campanha. O foco central da disputa reside no suposto abuso de poder econômico, fundamentando a ação de investigação judicial eleitoral movida por PT e PL na Justiça Eleitoral do Paraná.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) destaca os artigos 30-A da “Lei das Eleições” e 22 da “Lei das Inelegibilidades” como base para apontar o abuso de poder econômico.

Os partidos mencionam indícios de corrupção relacionados ao contrato de serviços jurídicos entre a União Brasil e o escritório de Luis Felipe Cunha, amigo de Moro.

Economia

O valor considerado alto (R$ 1 milhão para quatro meses) e a falta de atuação prévia na área eleitoral levantam questionamentos.

Michelle e Gleisi antecipam a disputa pelo Senado em eleição suplementar no PR.
Michelle e Gleisi são cogitadas na disputa pelo Senado em eleição suplementar no PR.

Em resposta, Moro nega os indícios, classificando-os como “mera especulação” e aguarda o julgamento com serenidade do TRE-PR.

O juiz Luciano Carrasco Falavinha, responsável pelo caso, concluiu a análise do processo e aguarda a formação completa do colegiado para o julgamento.

Com a cadeira vaga, a posse do sétimo membro nos próximos dias será decisiva para o desfecho desta controvérsia eleitoral.

A batalha jurídica entre PT, PL e Sergio Moro revela uma trama complexa, envolvendo abuso de poder econômico e indícios de corrupção.

O desfecho aguardado no tribunal do Paraná não apenas determinará o destino político de Moro, mas também deixará uma marca significativa nas futuras campanhas eleitorais.

Além disso, caso Sergio Moro seja cassado, o tribunal convocará eleição suplementar para o Senado no Paraná. A fila de pré-candidatos para a vaga do ex-juiz da Lava Jato é enorme e já faz curva.

Dentre os que sonham substituir Moro no Senado estão: Ricardo Barros (PP), Paulo Martins (PL), Rafael Greca (PSD), Ratinho Junior (PSD), Gleisi Hoffmann (PT), Zeca Dirceu (PT), Arilson Chiorato (PT), Roberto Requião (PT), Alvaro Dias (PODE), Beto Richa (PSDB), Michelle Bolsonaro (PL) e Rosângela Moro (União).

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