Na véspera de manifestações, Bolsonaro diz que não vai interferir nos preços dos combustíveis

Manifestantes prometem tomar as ruas neste domingo (13/03) em Curitiba e Maringá, no Paraná, inaugurando uma onda de protestos contra o aumento abusivo dos combustíveis. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não está nem aí e que não vai interferir nos preços da Petrobras.

– Eu tenho uma política de não interferir, sabendo das obrigações legais da Petrobras. Para mim, particularmente falando, é um lucro absurdo que a Petrobras tem no momento atípico no mundo. Então, falar que eu estou satisfeito com o reajuste [dos combustíveis], não estou satisfeito com reajuste, mas não vou interferir no mercado – disse o inquilino do Palácio do Planalto.

O diabo é que não é a Petrobras que está lucrando com os aumentos escorchantes nos combustíveis, mas os acionistas e especuladores da companhia estatal.

Na sexta-feira (11/03), o governo Bolsonaro autorizou aumento de 18% na gasolina, 25% no diesel e 16% no gás de cozinha.

A mentira que a velha mídia corporativa ajuda Bolsonaro contar para você

Para despistar o consumidor brasileiro, Bolsonaro e os espertalhões do dito “mercado” veiculam a mentira nos jornalões segunda qual os preços disparam por causa da guerra na Ucrânia.

Mentira, mentira, mentira. Três vezes mentira.

Economia

As redes sociais se incumbiram de desmentir Globo, Estadão, Folha, Bolsonaro, et caterva.

Em 2008, o preço internacional do barril de petróleo era de US$ 147,27 enquanto o litro da valia R$ 2,70.

Agora, em 2022, o barril de petróleo é cotado em US$ 115 e o litro de gasolina vendido por R$ 8 no Brasil.

Como se vê, o que “rouba” os brasileiros não é a guerra Rússia-Ucrânia como velhacamente anunciam. É a paridade de preço internacional (PPI) da Petrobras.

A política do PPI foi adotada em 2016, no governo Michel Temer (MDB), após o golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT).

Portanto, os preços dos combustíveis só serão reduzidos quando a política de paridade for revogado e isso Bolsonaro disse que não fará. Logo, a única alternativa que sobra é mudar o governo.

E é contra a política de paridade de preços que a população começa a se insurgir.