Abstraia sua torcida pessoal, antes de ler esse despacho.
De que lado estão as empresas de aplicação na internet, as redes sociais, nessa guerra Rússia-Ucrânia?
O conflito no Leste Europeu mostrou que essas empresas de aplicação de internet – Facebook, Twitter, Instagram, TikTok, Google, Meta, etc. – tem lado certo.
Mas de que lado elas estão?
Ora bolas, carambolas. Elas estão do lado de suas matrizes, dos países que a sediam.
As empresas donas das aplicações de redes sociais não estão do lado russo nem ucraniano. Pelo contrário. Elas são perfiladas aos interesses do Estado em que surgiram.
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As empresas americanas, por óbvio, atendem aos interesses de Washington – assim como o aplicativo TikTok pende para a China.
Essa discussão ganha importância no Brasil, especialmente em ano eleitoral, porque não é bom negócio ficar dependente de redes sociais estrangeiras.
A guerra na Ucrânia serve de aprendizado. Tem sentido pedagógico para os brasileiros.
Além de ser estratégico para uma nação a autossuficiência em petróleo e alimentos, um país soberano também necessita garantir sua própria comunicação nacional.
É uma tremenda roubada depender de aplicativos e redes sociais estrangeiros.
A Meta, controladora do Facebook, nesse cenário de guerra, sofre um processo criminal aberto pela Rússia.
O país de Vladimir Putin alega que a rede social mudou suas regras de discurso de ódio para permitir que os usuários pedissem “morte aos invasores russos” no contexto da guerra com a Ucrânia.