Ministro e presidente da Petrobras anunciam nova estratégia comercial: Abrasileiramento dos preços dos combustíveis

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, apresentaram nesta terça-feira (16/5) uma nova estratégia comercial para os preços dos combustíveis, que marca um importante passo rumo ao “abrasileiramento” da precificação dos produtos produzidos no país.

Durante uma reunião realizada em Brasília, o ministro afirmou que era hora de “abrasileirar” os preços dos combustíveis e ressaltou a importância de o governo cumprir seu papel social nesse aspecto. O anúncio da nova estratégia comercial foi aprovado pela diretoria executiva da Petrobras na segunda-feira (15/5) e entrará em vigor já nesta quarta-feira (17/5).

Essa nova abordagem promete encerrar o Preço de Paridade de Internacional (PPI), uma política de preços adotada desde 2016 que vinculava os valores médios dos combustíveis vendidos pela Petrobras às distribuidoras às variações do mercado internacional, entre outros fatores, visando proteger a empresa dos riscos operacionais do setor.

Segundo a estatal, a nova política de preços terá efeitos práticos que serão percebidos nos próximos dias. A partir de amanhã, o botijão de gás de 13 quilos da Petrobras chegará às distribuidoras de todo o país com uma redução média de 21,3% no preço. Com essa medida, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, acredita que o valor médio do botijão poderá ficar abaixo de R$ 100 para o consumidor final. Além disso, o diesel e a gasolina serão entregues às distribuidoras com uma redução média de R$ 0,44 e R$ 0,40, respectivamente.

O ministro Alexandre Silveira, que é um crítico do PPI, enfatizou que essa nova política de preços permitirá que a Petrobras cumpra seu papel social, estimulando a competitividade entre as empresas do setor, sem abrir mão de ser lucrativa e atrativa para os investidores. Para ele, o antigo modelo de preços era uma abstração, uma mentira que prejudicava o povo brasileiro, pois muitas vezes causava oscilações nos preços nacionais acima do necessário para contribuir com o crescimento do país.

É importante ressaltar que o governo não interferiu na decisão administrativa da Petrobras, juraram as autoridades energéticas, apesar de estar trabalhando para que as empresas do setor adotem uma referência de preços nacional. O ministro destacou que essa é uma decisão interna da estatal e representa um gesto em prol do Brasil.

Economia

Jean Paul Prates afirmou que, com o “ajuste da estratégia comercial”, a Petrobras recupera sua liberdade para estabelecer preços de acordo com o contexto doméstico. “Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade com o mercado internacional”, filosofou.

Petrobras anuncia redução histórica nos preços do diesel, gasolina e gás de cozinha

Em um anúncio que surpreendeu o mercado, a Petrobras comunicou uma redução expressiva nos preços do diesel, gasolina e gás de cozinha. O diesel terá uma queda de R$ 0,44 por litro, enquanto a gasolina terá uma redução de R$ 0,40 por litro, ambos referentes ao valor pago pelas distribuidoras.

A estatal ressalta que o preço final ao consumidor nos postos de combustíveis é influenciado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e revenda. No entanto, essa redução nos valores pagos pelas distribuidoras certamente terá um impacto positivo no preço final para o consumidor.

“Com essa medida, a Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade”, afirmou o presidente da empresa, Jean Paul Prates, em entrevista à imprensa em Brasília. Essa mudança na política de preços é um marco importante para a estatal.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também comemorou a decisão, ressaltando que era hora de “abrasileirar” os preços dos combustíveis. Para ele, esse é um dia de festa para o governo e para a sociedade, que verão benefícios diretos com essa redução.

Além disso, a Petrobras anunciou uma redução significativa no preço do gás de cozinha. O botijão de 13 quilos terá um valor, em média, R$ 8,97 menor do que o atual. Se as distribuidoras repassarem essa economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá ser adquirido pelo preço médio de R$ 99,87.

Jean Paul Prates expressou sua satisfação com essa redução, afirmando que é uma excelente notícia para a população. Segundo o presidente da Petrobras, essa é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras fica abaixo dos R$ 100.

Essa medida da Petrobras certamente trará alívio para o bolso dos consumidores, que há tempos aguardam por uma redução nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.

Mudanças significativas: Petrobras adota novo modelo de preços para combustíveis

Uma notícia que certamente terá um impacto direto no bolso dos brasileiros foi anunciada pela Petrobras nesta terça-feira. Após mais de seis anos de adoção da política de Preço de Paridade Internacional (PPI), a estatal decidiu implementar um novo modelo para definir os preços dos combustíveis. Essa mudança promete trazer alterações significativas na forma como os valores serão estabelecidos. Mas afinal, o que realmente mudou?

Desde 2016, a política de preços da Petrobras estava vinculada aos valores praticados no mercado internacional, tendo como base o preço do barril de petróleo tipo brent, calculado em dólar. Nesse cálculo, eram considerados diversos fatores, como custos de frete de navios, logística interna de transporte e taxas portuárias. Além disso, uma margem era adicionada para remunerar os riscos ligados à operação.

Com esse modelo, os preços dos combustíveis no Brasil seguiam as flutuações do mercado internacional, o que limitava a capacidade da estatal em equilibrar as variações e evitar que os impactos chegassem de forma abrupta ao consumidor final. No entanto, essa política resultou em recordes de lucros e distribuição de dividendos para a Petrobras. Apenas no segundo semestre de 2022, a estatal distribuiu um repasse histórico de R$ 87,8 bilhões aos acionistas.

A nova abordagem na regulação dos combustíveis foi uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua campanha eleitoral no ano passado. Desde que assumiu o cargo em janeiro, Lula argumentou que era necessário “abrasileirar” os preços dos combustíveis e questionou a necessidade de o Brasil estar submetido ao PPI. Em março, o presidente criticou os valores dos dividendos distribuídos pela Petrobras e defendeu que os lucros da estatal fossem reinvestidos no país.

No novo modelo adotado pela Petrobras, o mercado internacional continuará sendo considerado, mas com base em outras referências para o cálculo dos preços. Além disso, serão incorporadas informações do mercado interno. Essa mudança indica um esforço de conciliar os interesses dos acionistas com o papel social da estatal, conforme defendido pelo governo, que busca atender às expectativas dos consumidores brasileiros por preços mais acessíveis.

A estatal anunciou que o novo modelo levará em conta o “custo alternativo do cliente” e o “valor marginal para a Petrobras”. O custo alternativo para o cliente será estabelecido com base nas alternativas disponíveis no mercado, considerando os preços praticados por outros fornecedores que oferecem produtos semelhantes.

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