Petrobras anuncia fim da paridade internacional do petróleo com objetivo de “abrasileirar” preço do combustível, promessa de Lula

A Petrobras fez um importante anúncio nesta terça-feira (16/5) que certamente impactará o bolso dos brasileiros. A estatal informou o fim da paridade internacional do petróleo e uma nova política de preços para os combustíveis, como gasolina e diesel. Essa mudança trará consequências significativas para os consumidores e também para os mercados interno e externo.

Desde 2016, o preço dos produtos derivados do petróleo no mercado interno acompanhava as oscilações do mercado internacional. No entanto, a Petrobras decidiu encerrar esse mecanismo automático, buscando maior flexibilidade na precificação. Agora, os reajustes serão feitos sem uma periodicidade definida, evitando o repasse imediato da volatilidade internacional e das variações cambiais para os preços internos.

A nova estratégia comercial da Petrobras se baseará em duas referências de mercado: o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a própria estatal. O custo alternativo do cliente considerará as principais opções de suprimento, seja por meio de fornecedores de produtos similares ou substitutos. Já o valor marginal será determinado pelo custo de oportunidade, levando em conta as diferentes alternativas de produção, importação e exportação.

Com essa mudança, a Petrobras acredita que terá maior flexibilidade para praticar preços mais competitivos, aproveitando suas melhores condições de produção e logística. A estatal poderá disputar o mercado de combustíveis no Brasil com outros atores, como distribuidores e importadores. Essa abertura de mercado pode trazer benefícios para os consumidores, que poderão contar com preços mais justos.

No entanto, o anúncio da Petrobras deixou dúvidas sobre como será feito o novo cálculo de preços. O comunicado não apresenta uma fórmula clara que indique o peso de cada fator nesse processo. Especialistas apontam que a falta de transparência na divulgação dessa informação pode gerar incertezas e prejudicar o mercado.

Vale destacar que essa mudança na política de preços dos combustíveis vem em resposta a uma demanda antiga. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia se comprometido, durante a campanha, em “abrasileirar” os preços dos combustíveis. A ideia é reduzir o impacto das oscilações internacionais do petróleo nas bombas dos postos, buscando mecanismos que garantam preços mais estáveis e justos para a população.

Economia

A expectativa agora é acompanhar como essa nova política de preços será implementada e quais serão os seus efeitos no mercado. A Petrobras assegura que continuará seguindo a referência internacional e mantendo a competitividade interna, com o objetivo de não perder vendas e oferecer preços atrativos aos clientes.

É importante ressaltar que essa notícia traz reflexos econômicos e sociais significativos para o Brasil. Portanto, continue acompanhando as atualizações e leia mais sobre o assunto no Blog do Esmael.

Leia a íntegra do comunicado da Petrobras sobre o fim da paridade internacional

Petrobras aprova estratégia comercial de diesel e gasolina

Companhia mantém preços competitivos com referências dos mercados onde atua, mas sem subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação

A Petrobras informa que sua Diretoria Executiva (DE) aprovou, na segunda-feira (15/5), a estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina da Petrobras, em substituição à política de preços de diesel e gasolina comercializados por suas refinarias. 

A estratégia comercial usa referências de mercado como: (a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e (b) o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino. 

“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destaca o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. 

O anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes. “Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, declarou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.  

A precificação competitiva mantém também um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade. 

Dinâmica de reajustes 

Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. 

As decisões relativas à estratégia comercial continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo Presidente da companhia, o Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados e o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores. 

Os ajustes de preços de diesel e gasolina continuarão a ser divulgados nos canais de comunicação aos clientes e no site da companhia (precos.petrobras.com.br), onde também são disponibilizadas informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor. 

Por fim, destaca-se que a estratégia comercial está alinhada com a Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno (Diretriz) aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2022. 

Premissas: 

– Preços competitivos por polo de venda; 

– Participação ótima da Petrobras no mercado; 

– Otimização dos seus ativos de refino; 

– Rentabilidade de maneira sustentável. 

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