Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada neste 8 de março, mostra a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Segundo o levantamento, elas têm rendimento médio 22% inferior do que dos homens no Brasil.
Nos últimos três meses de 2019 foi levantado que, em relação às pessoas com emprego formal, a cada 10 com cargos de chefia, quatro eram mulheres, contudo, o rendimento delas foi 29% menor.
Elas também são as que mais sofrem com o desemprego, cujo índice é de 13,1%.
Segundo a sondagem do Dieese, 37% das mulheres desocupadas estavam procurando emprego há mais de um ano.
Previdência social
De acordo com o levantamento, os rendimentos inferiores recebidos em relação aos homens, a contribuição das mulheres para a previdência social é menor, impactando no valor das aposentadorias. Em média, a aposentadoria das mulheres foi 17% menor do que a dos homens.
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Divisão de tarefas domésticas
No período já citado, mulheres gastaram 95% mais tempo em afazeres domésticos do que os homens. Em média, foram 541 horas a mais por ano, equivalente a 68 dias, considerando uma jornada de 8 horas por dia.
Falta de creches tira mulher do mercado
O Dieese levantou que 67% das mulheres com filhos matriculados em creche tinham emprego remunerado. Por outro lado, das mulheres que não tiveram acesso à creche, somente 41% estavam trabalhando.
As mulheres são mais escolarizadas do que os homens, mas ganham menos
As mulheres aumentaram em um ano a escolaridade média em relação aos homens, de acordo com o Núcleo de Pesquisa em Gênero e Economia (NPGE) da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O aumento da escolaridade, no entanto, não representou o fim do desequilíbrio salarial entre homens e mulheres.
As pessoas com mais escolaridade no Brasil ganham mais, mas a diferença de gênero na questão salarial é um fato concreto no Brasil.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.