Lula reafirma em Portugal e na Espanha que não vai privatizar empresas públicas

Fim da era das privatizações é uma péssima notícia para o governador Ratinho Junior que tenta vender a estratégica e eficiente Copel

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante sua viagem pela Península Ibérica, deixou claro que o Brasil não pretende mais privatizar empresas públicas. Em Portugal, ele afirmou esta semana que o país deseja criar parcerias com empresários em novos empreendimentos. Em Madrid, Lula reiterou que não haverá vendas de patrimônio para quitar dívidas, mas que o governo estaria aberto a parcerias privadas na construção de novos ativos.

Lula criticou o processo de vendas de patrimônio público dos últimos anos, que não gerou a construção de novos ativos ou melhoria da qualidade de serviços, apenas pagou juros da dívida pública. O presidente ainda enfatizou a necessidade de diminuir a taxa de juros Selic, que atualmente está em 13,75%, para permitir a circulação de dinheiro no país e, assim, beneficiar toda a população.

Essas afirmações deixam claro que a atual gestão não seguirá a mesma política de privatizações das últimas décadas, pautada pelo neoliberalismo econômico. Segundo Lula, é hora de investir em parcerias que possam gerar benefícios mútuos e desenvolvimento para o país. Para o mandatário brasileiro, é hora de pensar em como fazer o dinheiro circular e promover o crescimento econômico de todos.

Portanto, o fim da era das privatizações é uma péssima notícia para o governador Ratinho Junior (PSD), do Paraná, que tenta vender a estratégica e eficiente Copel (Companhia Paranaense de Energia) a preço de banana, enquanto Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, também planeja liquidar a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) na bacia das almas.

No caso da Copel, o governo federal é acionista por meio do BNDESpar. Além disso, há a expectativa de o presidente Lula revogar o decreto 11.307/2022, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que alterou as regras para a privatização de empresas públicas no país ao excluir um dispositivo que condicionava a renovação de concessões a “existência de contrato de concessão de serviço público de geração vigente no momento da privatização e com prazo remanescente de concessão superior a 60 meses do advento do termo contratual ou do ato de outorga”.

Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL), já na linha de Lula, jurou que não vai privatizar a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina).

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