Quaest: Lula lidera 1º turno e amplia vantagem no 2º contra direita

A nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (21/8), mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários de primeiro turno e mantém vantagem contra todos os nomes testados da oposição em um eventual segundo turno.

A sondagem ainda revela que o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil contaminou negativamente a imagem da direita, ampliando o favoritismo de Lula em 2026.

O Blog do Esmael antecipou, com exclusividade, a recuperação fenomenal de Lula e a desorganização da direita na disputa de 2026.

bolsonaro-lideranca-consolidada">Lula x Bolsonaro: liderança consolidada

Mesmo inelegível, Jair Bolsonaro (PL) segue sendo o nome mais competitivo para enfrentar Lula em um segundo turno. No primeiro turno, o ex-presidente aparece com 28%, contra 34% de Lula.

No segundo turno, porém, a diferença entre ambos dobrou: de 6 pontos em julho para 12 pontos em agosto, mostrando o desgaste de Bolsonaro com a crise do tarifaço.

O resultado em São Paulo é simbólico: Bolsonaro, que chegou a abrir 30 pontos sobre Fernando Haddad em 2018 e 10 pontos sobre Lula em 2022, agora empata com o petista no estado.

Tarcísio perdeu 4 pontos

Reprodução/Quaest

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surge pela primeira vez como o nome mais forte da oposição em um eventual segundo turno. Contra Lula, ele perde por 43% a 35%, diferença de 8 pontos.

Apesar disso, Tarcísio também sofreu desgaste pela associação a Bolsonaro no tarifaço. Em julho, a diferença era de 4 pontos. Ou seja, o petista dobrou sua vantagem sobre o governador paulista.

Nos estados, Tarcísio mostra força em São Paulo (vence por 17 pontos), Goiás (15 pontos), Paraná (14 pontos) e Rio Grande do Sul (5 pontos).

Lula, por outro lado, teria vitórias arrasadoras no Nordeste: 42 pontos na Bahia e 39 em Pernambuco.

Michelle, Eduardo, Flávio e os filhos de Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também aparece como opção testada. Em julho, Lula tinha 7 pontos de vantagem sobre ela; em agosto, a distância subiu para 13 pontos. Seu melhor desempenho seria em Goiás, onde venceria por 15 pontos, mas os empates em SP e MG inviabilizam qualquer chance nacional.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viu sua desvantagem contra Lula saltar de 10 para 15 pontos em apenas um mês, apesar de toda sua atuação nos EUA. Ele só venceria em Goiás e no Paraná, empataria em SP, MG, RJ e RS, e perderia feio na Bahia e em Pernambuco.

Testado pela primeira vez, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aparece com 16 pontos a menos que Lula.

caiado-ratinho-e-leite">Governadores: Zema, Caiado, Ratinho e Leite

Entre os governadores da direita, todos também sofreram desgaste:

  • Romeu Zema (Novo-MG): Lula ampliou vantagem nacional de 9 para 14 pontos. Em Minas, Zema venceria Lula por 13 pontos, seu maior trunfo.
  • Ronaldo Caiado (União-GO): Lula abriu 16 pontos de vantagem nacional. Em Goiás, Caiado teria vitória folgada de mais de 50 pontos, mas segue pouco competitivo nacionalmente.
  • Ratinho Jr (PSD-PR): Lula abriu 10 pontos de vantagem no cenário nacional. Seu melhor desempenho é no Paraná, com vitória de 54 pontos. Em São Paulo, venceria Lula por 5 pontos.
  • Eduardo Leite (PSDB-RS): ainda sofre com alto desconhecimento nacional.

Abertura da boca do jacaré

Ilustração.

Pela primeira vez no ano, a rejeição de Lula caiu e seu potencial de voto aumentou. O inverso aconteceu com todos os candidatos da oposição: rejeição em alta e potencial de voto estável.

O dado reforça a leitura de que a estratégia de Lula em transformar o tarifaço em bandeira de soberania nacional surtiu efeito político.

Polarização persiste

Apesar da recuperação de Lula, 58% dos entrevistados acham que ele não deveria disputar a reeleição. Já em relação a Bolsonaro, o índice é ainda maior: 65% defendem que ele desista de 2026.

Em outras palavras, a polarização segue viva, mas o medo de Bolsonaro continua sendo maior do que o medo de Lula.

Lula favorita, direita em pânico

O levantamento da Quaest confirma uma reconfiguração no tabuleiro eleitoral. Lula segue favorito, mas a oposição se divide entre nomes contaminados pelo bolsonarismo e figuras regionais com dificuldade de projeção nacional.

Ao que tudo indica, em 2026, a força de Lula não estará apenas no Nordeste, mas também na incapacidade da direita de se renovar.

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