Lula busca no Congresso Nacional o apoio do Centrão, que grita: ‘Se hay gobierno, soy a favor!’

Após as eleições no Congresso, emissários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificaram as conversas com partidos que antes davam sustentação ao governo de Jair Bolsonaro (PL). A investida envolve negociações de cargos de segundo e terceiro escalões para garantir apoio à aprovação de pautas prioritárias do Palácio do Planalto.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tem mantido conversas com caciques de Republicanos, União Brasil e PP. Estas três siglas têm integrantes dispostos a fazer uma aliança com o novo governo e já deixaram clara a disposição de dialogar.

Para ampliar a base, o governo tem acenado com cargos na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e superintendências estaduais dos Correios.

Também está avaliando recriar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que tem um orçamento de R$ 2,9 bilhões para realizar obras de saneamento básico.

A maior dificuldade nas conversas com antigos aliados de Bolsonaro está em pavimentar um acordo com o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira, que é liderado por Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil e “opositor” declarado de Lula. No entanto, nomes importantes da legenda já fizeram chegar a Lula que a adesão ao novo governo é possível.

Alguns partidos do Centrão se fazem de difíceis, mas a tendência é que eles sucumbam àquela velha máxima invertida do guevarismo: se hay gobierno, soy a favor!

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