Juíza do Paraná não tinha tinha intenção de discriminar réu, diz TJPR

A juíza Inês Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, não tinha a intenção de discriminar ou de injuriar racialmente um réu condenado por ela. A decisão é da Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que arquivou um processo disciplinar contra a magistrada.

Em agosto passado, a juíza cita a raça de um homem ao condená-lo na sentença.

“Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente”, dizia um trecho da sentença.

Natan Vieira da Paz, 48 anos, foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão sob a acusação de praticar furtos no centro de Curitiba. Junto com ele, outras oito pessoas foram condenadas.

Por unanimidade, os desembargadores do Órgão Especial do TJPR concluíram que não houve intenção discriminatória ou racista por parte da magistrada.

Na época, devido à repercussão negativa do caso, a juíza Inês Zarpelon pediu “sinceras desculpas” e alegou que o trecho da sentença fora tirado do contexto.

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Os corregedores do TJPR, ao arquivar a representação, afirmaram que a magistrada não condenou ou aumentou a pena do réu devido a cor da pele.

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Agências de “fact-checking” silenciam sobre fake news do Globo

As agências de suposta checagem de fatos silenciaram vergonhosamente sobre a notícia falsa do jornal O Globo, edição desta segunda-feira (28).

Nenhuma dessas “fact-checking” picaretas se pronunciou sobre a fake news do Globo.

Para o leitor entender, cada jornalão possuiu sua própria agência de checagem de fatos.

Funciona assim: o jornal espalha fake news e ele faz “fact-checking” na mesma página.

É mole?

O Globo registrou em suas páginas online na tarde de ontem que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) teria sido, junto com o ex-assessor Fabrício Queiroz, denunciado pelo Ministério Público do Rio no caso das “rachadinhas” na Alerj.

Depois de muita briga com os fatos, o Globo se transformou numa entidade tipo Mãe Dináh quando anotou que o filho do presidente “será” denunciado pelo MP-RJ.

O recuo ocorreu porque o MP desmentiu publicamente a fake news do Globo.

As agências de verificação “fact-checking” fizeram um silêncio ensurdecedor sobre a notícia falsa.

Note o caríssimo leitor, independente de quem seja a vítima da notícia falsa, a militância do jornal poderia restringir a liberdade de uma pessoa que sequer foi julgada ainda.

O modus operandi do jornalão foi o mesmo empregado contra o ex-presidente Lula, num passado recente, e é usado agora contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), em tempos de disputa eleitoral.

Imagine se essas fake news fossem contra você, um amigo, um parente…

Mas as picaretas das “fact-cheking” nada falam. Talvez lhe faltem coragem.

Por falar em coragem, sobrou valentia para a ombudsman da Folha de S. Paulo, Flavia Lima, ao escrever domingo (27) que o jornal amarelou para o presidente Jair Bolsonaro. Acho que faltou ela falar o por que da “amarelada” do veículo.

Entretanto, o jornalista Xico Sá, ex-Folha, dá seu depoimento e mais ou menos complementa a história no Twitter. Segundo ele, nunca há vacilo de pensamento no jornal, sempre é por dinheiro mesmo.

Abro aspas para o ex-repórter da Folha: “como tive mais de 30 anos de redação, nunca acredito q um jornal ou grande grupo de comunicação amarele por simples vacilo de pensamento, sempre é por dinheiro. São novos interesses. Imprensa no brasil sempre foi mais grana q independência.”

A Folha virou um banco cuja materialização de sua atividade financeira se dá pelas maquininhas — as “Amarelinhas”– de pagamentos eletrônicos.

A Globo, idem, também tem sua maquininha, a Ton.

Essas empresas de comunicação não fazem mais jornalismo há muito tempo. Também nunca checagem honestamente os fatos. Elas tentam tolher a opinião alheia e impor a ditadura da opinião única, nos moldes neoliberais, para favorecer a si próprias. É isso. O resto é fake news.