Gilmar Mendes volta a atacar a “República de Curitiba”: ‘pervertidos que praticavam tortura na Lava Jato’ [vídeo]

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão da Segunda Turma, realizada na tarde desta terça (9/5), voltou a atacar os integrantes da finada Lava Jato que ele chamou de gente “desqualificada” da autoproclamada “República de Curitiba”, que, segundo o magistrado, praticavam tortura em nome do Estado.

“O que se fez em Curitiba, na chamada República de Curitiba, com a Lava Jato, era coisa de pervertidos, que usavam o Estado”, disse ele. “As pessoas só eram soltas depois de confessarem”, denunciou. “E fazer acordo de leniência. Isso é uma vergonha!”

“Coisa de pervertidos. Claramente que se tratava de prática de tortura usando o poder do Estado”, afirmou Gilmar Mendes, referindo-se à antiga força-tarefa Lava Jato em Curitiba. Ele ainda chamou de “chinfrins” os integrantes da autoproclamada “República de Curitiba” – composta por membros do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.

Segundo o ministro do Supremo, o Conselho da Justiça Federal (CJF) deveria investigar esses casos de tortura e perversão a despeito de os magistrados já terem deixado a função para que a história não se repita mais.

Mendes defendeu ainda o “juiz de garantias” no processo penal, novidade aprovada em 2019 pelo Congresso Nacional e suspensa por decisão liminar do então presidente do STF Luiz Fux.

A figura do juiz das garantias pressupõe que a condução dos processos criminais seja dividida entre dois magistrados: enquanto um deles fica responsável pela fase da investigação — o juiz das garantias —, o outro se encarrega do julgamento.

A sessão de hoje na Segunda Turma do STF marcou a primeira sessão com a presença do ministro Dias Toffoli, que voltou ao colegiado.

Assista o vídeo:

LEIA TAMBÉM

• Gilmar Mendes desfaz mal-entendido sobre Curitiba: ‘gérmen do fascismo foi a Operação Lava-Jato’
• Ministro Gilmar Mendes desafia o ex-juiz Sergio Moro para um debate no Roda Viva [vídeo]
• Bate-boca entre Dino e Moro esquenta em sessão no Senado: “Nunca tive sentença anulada”, dispara ministro da Justiça