Gilmar Mendes desfaz mal-entendido sobre Curitiba: ‘gérmen do fascismo foi a Operação Lava-Jato’

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelas redes sociais, defez nesta terça-feira (09/05) mal-entendido sobre Curitiba. Ele havia atribuído ontem à capital paranaense o título de gérmen do fascismo, durante entrevista no programa Roda Viva. No entanto, hoje ele esclarece que se referia à autoproclamada “República de curitiba”, a Operação Lava-Jato e os juízes dessa força-tarefa.

“Ontem, em entrevista ao Roda Viva, usei uma metonímia que merece explicitação. Jamais quis ofender o povo curitibano. Não foi Curitiba o gérmen do facismo; foi a assim chamada “República de Curitiba” (Operação Lava-Jato e os juízes responsáveis por ela na capital paranaense)”, esclareceu o ministro Gilmar Mendes.

Os políticos que tiveram parte com o bolsonarismo até recentemente tomaram a declaração do magistrado como uma “ofensa”, embora eles soubessem que se tratava dos antigos titulares da 13ª Vara Federal de Curitiba e da força-tarefa Lava Jato. Ou seja, Gilmar Mendes declinou na entrevista os nomes do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol.

“Não confundam o bom povo Curitibano e o grande nome da nossa amada Curitiba com qualquer briga política”, pediu o árbitro Rafael Greca (PSD), prefeito da capital do Paraná.

“Tem toda razão! A Lava Jato foi pura briga política!”, concordou o advogado Luiz Carlos Rocha, o Rochinha, um dos advogados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governador Ratinho Jr (PSD), por sua vez, tinha classificado como “uma fala infeliz” do ministro Gilmar Mendes, que, segundo o mandatário estadual, atacava gratuitamente Curitiba e os paranaenses. “O Paraná é terra de gente trabalhadora, que tem como norte o progresso, a lei e que repudia a corrupção e toda e qualquer forma de intolerância e preconceito”, desagravou.

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A Câmara Municipal de Curitiba, de maioria conservadora, pró-bolsonarismo, também entrou na vibe de desagravar a capital. No entanto, o rápido esclarecimento do ministro Gilmar Mendes esvaziou a intentona.

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