General Villas Boas reclama de “censura” na imprensa a atos antidemocráticos

General Eduardo Villas Boas, ex-Comandante do Exército Brasileiro entre 2015 e 2019, pelo Twitter, reclamou nesta terça (15/11) de “censura” na imprensa a atos antidemocráticos.

Velho golpista e bolsonarista convicto, o militar teve participação ativa no impeachment contra Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Villas Boas disse ser inusitada a indiferença da grande imprensa com os movimentos antidemocráticos, que pedem a ditadura militar e o não reconhecimento do resultado das urnas em 2022.

A mídia totalmente controlada nos países da cortina de ferro não impediu a queda do Muro de Berlim“, comparou.

O general deturpa a ideia de luta pela liberdade propondo um regime de exceção e o descuprimento à Constituição Federal. Um horror.

Ele ainda cita uma cartinha divulgada pelos militares comissionados no governo do presidente derrota e cessante Jair Bolsonaro, que foi desprezada pela sociedade e o os democratas brasileiros.

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General Villas Boas ainda elogia os bolsonaristas que bloqueiam ruas e estradas porque foram derrotados nas urnas.

“O povo se manifestou livremente e a Democracia venceu!!! O Brasil merece paz, serenidade, desenvolvimento e igualdade social. E os extremistas antidemocráticos merecem e terão a aplicação da lei penal”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite de quarta (14/11).

Moral da história: Alexandre de Moraes terá muito trabalho na aplicação do Código Penal.

Leia a íntegra da cartinha de Villas Boas:

As duas semanas que se encerraram foram marcadas por eventos significativos. A população segue aglomerada junto às portas dos quartéis perdindo socorro às Forças Armadas. Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral.

O inusitado diante dos movimentos foi produzido pela indiferença da grande imprensa. Talvez nossos jornalistas acreditem que ignorando a movimentação de milhões de pessoas elas desaparecerão. Não se apercebem eles que ao tentar isolar as manifestações podem estar criando mais um fator de insatisfação. A mídia totalmente controlada nos países da cortina de ferro não impediu a queda do Muro de Berlim. A História ensina que pessoas que lutam pela liberdade jamais serão vencidas.

Concomitantemente, as Forças Armadas emitiram duas notas: a primeira, assinada pelo Gen Paulo Sergio, Ministro da Defesa, trouxe anexo um relatório com 65 páginas, detalhando passo a passo a auditoria empreendida pela equipe multidisciplinar do MD.

Simplificando, a essência da questão se prende a que o ato de votar deve ser privado, enquanto a apuração deve ser pública e auditável.

Em 11 de novembro último, os Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica emitiram uma nota de apenas uma folha, suficiente para demonstrar o apego aos princípios e valores militares, bem como ao texto constitucional.

Por fim, não pode deixar de ser destacada a liderança, o equilíbrio, a serenidade e a autoridade dos atuais comandantes e do Ministro, condições com as quais asseguram a disciplina e a coesão de seus subordinados. Externamente, reforçam a confiabilidade que a população, não por acaso, elege como as de nível mais alto do país.

General Villas Bôas, 2022

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