Funcionários de escola no Paraná sofrem com salários abaixo do piso regional, denuncia APP-Sindicato

Ratinho Junior é acusado de não cumprir a própria lei do salário mínimo regional no estado, mesmo propagandeando que o Paraná tem o maior salário mínimo regional do Brasil

Neste 1º de maio, data em que se celebra o Dia do Trabalhador, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), anunciou em suas redes sociais que o salário mínimo regional do estado é de até R$ 2.071. No entanto, a realidade dos funcionários de escola, denunciada pela APP-Sindicato, é bem diferente: eles recebem apenas R$ 1.067,32, abaixo do piso regional.

A defasagem salarial é ainda mais evidente quando comparada com outras carreiras do Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE). As carreiras, que antes compartilhavam a mesma tabela salarial, agora têm uma diferença de até 136% no vencimento inicial. Agentes I, que permanecem no início da carreira, recebem um salário básico de R$ 1.067,32. Já Agentes II, cujo piso na carreira é de R$ 1.600,96, amargam um salário inferior ao Piso Regional, de R$ 1.731,02.

Os reajustes no Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), anunciados em fevereiro, elevam para R$ 7,2 mil os salários iniciais das carreiras de nível superior e para R$ 4 mil os das de nível médio. Enquanto isso, os funcionários de escola devem se contentar com uma tabela salarial defasada e uma carreira extinta pelo próprio Estado.

A situação é uma verdadeira injustiça com os funcionários de escola, que não possuem Piso Nacional regulamentado e, ao contrário de outras carreiras, não receberam qualquer tipo de gratificação nos últimos anos. A APP-Sindicato afirma que luta pela valorização desses profissionais essenciais para o processo de ensino-aprendizagem. Além de estender o reajuste do Piso do Magistério, de 14,95%, a APP-Sindicato diz que defende a reestruturação da carreira nos moldes da tabela dos agentes QPPE.

A campanha permanente do sindicato também visa revogar a desastrosa terceirização, pela recomposição das carreiras e a imediata realização de concursos públicos.

O salário justo é um direito de todos, e os funcionários de escola merecem um tratamento digno. Sem eles, a escola não funciona, reivindica a combativa APP.

LEIA TAMBÉM

• Japoneses dominam venda de automóveis no mundo; confira o ranking
• Bolsonaro contorna cancelamento e vai a evento de Tarcísio para cortejar setor da agricultura
• Google faz campanha contra PL das Fake News: “Pode piorar a internet”
• Requião vai assumir presidência de honra de movimento contrário à privatização da Copel