A mídia brasileira está centrada nas expectativas para a cúpula entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Eles se encontram na tarde desta sexta-feira (10/02), em Washington (DC), por volta das 16h (horário de Brasília). No entanto, a melhor cobertura sobre o assunto está sendo dada pelas agências internacionais de notícias, que estão tratando da possibilidade de liberação de recursos pelos EUA para o Fundo Amazônia. Jornais impressos brasileiros têm coberto o tema de maneiras diferentes.
A Folha de São Paulo está destacando hoje a declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizendo que a lei sobre a autonomia do Banco Central não retrocederá. O jornalão paulistano faz campanha aberta para a manutenção dos juros altos e o controle do BC pelos banqueiros.
Já o Estadão está debruçado sobre as consequências de uma decisão judicial para o mundo dos negócios, com empresas projetando perdas bilionárias após a decisão do STF. O Supremo Tribunal Federal passou a entender que se um contribuinte foi autorizado pela Justiça a deixar de pagar um imposto, mas, tempos depois, a Corte entender que a cobrança é devida, ele perderá o direito e deverá fazer o pagamento. Ou seja, o Supremo adotou o cancelamento de decisões definitivas (transitadas em julgado) a partir da mudança de entendimento da Corte em questões tributárias.
O Globo está mantendo em evidência as investigações sobre os ataques terroristas de 8 de Janeiro e Valor Econômico está antecipando a suposta crise na lucratividade das [coitadinhas!] instituições financeiras.
Em revistas semanais, três das quatro publicações estão destacando as críticas de Lula ao Banco Central. O presidente da República quer exonerar Roberto Campos Neto, entulho bolsonarista, do comando do BC.
Focus Brasil está questionando sobre a manutenção da Selic nas alturas, enquanto Carta Capital está sendo mais crítica, chamando o presidente do Banco Central de “Capitão Mercado”. A revista Veja está saiu de peito aberto em defesa dos banqueiros, haja vista a publicação ser propriedade do André Esteves, do BTG.
A IstoÉ está abordando o crescimento do mercado ilegal de ouro extraído de reservas indígenas e a Folha de São Paulo está noticiando sobre uma proposta de lei que questiona o garimpo ilegal.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.