O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está enfrentando um cenário potencialmente incriminador, pois está sendo investigado em relação à venda ilegal de presentes luxuosos e joias recebidos durante missões oficiais no exterior.
A investigação, liderada pela Polícia Federal (PF), tem suscitado discussões acaloradas e especulações sobre a possibilidade de sua prisão antes do feriado do 7 de Setembro, conhecido como a Semana da Pátria.
Apesar da calorosa discussão sobre a virtual prisão de Bolsonaro nas próximas três semanas, há uma ala bolsonarista que avalia como “arriscada” uma detenção do ex-presidente nas vésperas dos desfiles de 7 de Setembro.
A prisão de Bolsonaro antes do 7 de Setembro teria potencial de acirrar ânimos, disse ao Blog do Esmael uma fonte ligada ao ex-presidente.
A CPM do 8 de janeiro busca uma conexão entre a venda ilegal de joias e o financiamento dos atos golpistas.
A PF descobriu que diversos presentes valiosos, incluindo joias e objetos de alto valor, foram dados ao então presidente Jair Bolsonaro em missões oficiais.
Entre eles, destaca-se um kit de joias masculinas, contendo caneta, anel, abotoaduras, um rosário árabe e um relógio, presentes da Arábia Saudita em 2021.
No entanto, esses presentes de luxo foram objeto de uma venda ilegal, levando a investigações sobre o envolvimento de Bolsonaro e seus associados na comercialização desses itens de alto valor.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do Golpe, defende explicitamente a convocação de Bolsonaro para questioná-lo sobre seu envolvimento político e o financiamento obscuro dos ataques de 8 de janeiro, quando STF, Congresso e Palácio do Planalto foram alvos de invasões e depredações.
O escândalo ganhou mais notoriedade quando veio à tona que o kit de joias foi colocado à venda em um site de leilões nos Estados Unidos, com o lance inicial fixado em US$ 50 mil.
A PF confirmou que o número de série do relógio anunciado no site correspondia ao mesmo número registrado no acervo privado de Bolsonaro.
O kit foi submetido a um leilão em fevereiro de 2023, mas não foi arrematado, levando a uma posterior tentativa de resgate dos bens.
A PF também identificou que o ex-presidente só conseguiu devolver as joias ao Estado brasileiro após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), uma vez que elas não foram arrematadas na venda ilegal.
A operação da PF, realizada em 11 de agosto de 2023, teve como alvo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, seu pai Mauro César Lourena Cid, e outros aliados do ex-presidente.
A investigação visa apurar a utilização da estrutura do Estado brasileiro para desviar e vender presentes de alto valor recebidos em missões oficiais.
A PF estima que o esquema possa ter rendido até R$ 1 milhão.
A operação trouxe à tona a possibilidade de prisão de Bolsonaro, uma vez que ele está sob investigação por envolvimento na venda ilegal dos presentes de luxo.
As autoridades responsáveis pela investigação estão examinando as provas e indícios para determinar o nível de envolvimento do ex-presidente.
No entanto, embora esse tema mobilize torcidas favorável e contrária a Bolsonaro, o ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT), classifica essa discussão como supérflua e “bagatela” perto dos prejuízos do país com as privatizações.
Para Requião, a ensandecida criminalização de Bolsonaro pela velha mídia tem o objetivo de desviar a atenção de temas mais relevantes como preço dos combustíveis, taxa de juros, dentre outros.
“Bolsonaro vendeu joias e um Rolex, que ganhou como presidente. Ratinho vendeu a COPEL. O que tem maior valor?”, comparou o ex-governador.
“Muito barulho sobre ladrõenzinhos de joias e silêncio ensurdecedor sobre o roubo da Copel”, insistiu Requião.
LEIA TAMBÉM
- Aliados abandonam Bolsonaro após caso das joias, diz Folha
- Requião critica a distração com “bugigangas de Bolsonaro” em meio a privatizações aceleradas como a Copel
- Valdemar da Costa Neto e PL entram em modo desespero com e-mails de Mauro Cid; entenda
- Venda de joias por Bolsonaro pode ter financiado atos golpistas, afirma a relatora da CPMI do 8 de Janeiro; iminente prisão do ex-presidente
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Já deveria estar preso. Se fosse o Lula ou a Dilma já estaria presos. Agora ficam com este mimimi…o cara roubou o Tesouro Nacional e tem gente que ainda o quer ver solto. Cadeia para ele e pau nos bolsominios milicos ou não se forem para as ruas fazer baderna.
O STF por precaução deveria segurar o Passaporte do Micão, fujão, kovardão, kavalão… ele conseguiu junto aos filhos a cidadania Italiana… quem avisa, amigo é!!!