Em um novo depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) confirmou a realização de uma reunião com o senador Marcos do Val, mas negou veementemente qualquer envolvimento em um suposto plano para gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento ocorreu nesta quarta-feira (12/7), sendo este o quarto testemunho prestado por Bolsonaro desde que deixou a Presidência da República.
No depoimento, Bolsonaro esclareceu que a reunião, realizada no Palácio da Alvorada em dezembro do ano anterior, teve uma duração de aproximadamente 20 minutos e não teve qualquer objetivo específico. Segundo o ex-presidente, o encontro foi solicitado por Daniel Silveira, ex-deputado da base governista, e não houve contato prévio entre Bolsonaro e o senador Marcos do Val.
Durante o depoimento, Bolsonaro reiterou que em nenhum momento foi discutido qualquer plano para gravar o ministro Moraes ou praticar atos antidemocráticos. Ele enfatizou que sempre agiu dentro dos limites estabelecidos pela Constituição Federal e desconhecia a informação de que Marcos do Val teria sido “recrutado” por Silveira. Após a reunião, Do Val relatou o encontro a Moraes, mas Bolsonaro afirmou ter conhecimento disso apenas pela imprensa e redes sociais.
Ao longo do depoimento, Bolsonaro ressaltou que não houve menção à participação de militares ou integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na reunião. Ele ainda esclareceu que a motivação do encontro foi a possibilidade de filiação de senadores ao Partido Liberal (PL) naquela ocasião. O ex-presidente destacou que o nome do ministro Alexandre de Moraes não foi citado durante a reunião.
Este depoimento faz parte das investigações em andamento sobre a suposta trama envolvendo Bolsonaro, Marcos do Val e Daniel Silveira. No entanto, o ex-presidente reforçou que não existe qualquer fundamento nas acusações de um plano para gravar o ministro do STF. A Polícia Federal busca esclarecer os fatos e averiguar as declarações de Marcos do Val, que inicialmente mencionou uma tentativa de coação de Bolsonaro para realizar um golpe de Estado, mas depois mudou sua versão.
Bolsonaro deixou claro em seu depoimento que não havia motivo para articular um golpe em um domingo, sem qualquer intenção de prejudicar a democracia. Ele reafirmou seu compromisso com o estado democrático de direito e destacou que as acusações infundadas visam apenas constrangê-lo, sem respaldo da Polícia Federal.
Em síntese, o depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal confirmou a realização de uma reunião com o senador Marcos do Val, mas negou veementemente qualquer envolvimento em um plano para gravar o ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro destacou que a reunião não teve objetivos específicos, ocorreu devido a uma possível filiação de senadores ao PL e não abordou atos antidemocráticos ou o ministro Moraes.
O ex-presidente reafirmou sua postura dentro dos limites constitucionais e ressaltou a falta de fundamento nas acusações contra ele. Continue acompanhando o desenrolar dessa história pelo Blog do Esmael, em tempo real.
LEIA TAMBÉM
- Pesquisa malandra de banqueiros põe Haddad com 65% de aprovação, Lula com 44%
- Governo Lula encerra programa de escolas cívico-militares criado por Bolsonaro
- Pela esquerda, Eduardo Moreira lidera audiência no YouTube
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Pessoal, Bolsonaro é louco, mas, não é burro. Alguém estava acreditando que ele falaria a verdade!