Governo Lula encerra programa de escolas cívico-militares criado por Bolsonaro

Ratinho Jr., flertando com o bolsonarismo, decide manter 12 escolas cívico-militares no Paraná

O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou hoje o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das principais iniciativas da gestão do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) na área da educação. A medida foi tomada em conjunto pelos ministérios da Educação (MEC) e da Defesa, com previsão para ser implementada até o fim do ano letivo.

As escolas cívico-militares, que possuem uma administração compartilhada entre militares e civis, serão reintegradas à rede regular de ensino, não sendo fechadas, mas deixando de operar no formato específico do programa. Atualmente, existem cerca de 202 escolas nesse modelo em todo o país, atendendo aproximadamente 120 mil alunos. O programa, criado em 2019, tinha como objetivo reduzir a evasão escolar e combater a violência nas instituições de ensino por meio da disciplina militar.

A decisão do governo Lula tem gerado intensos debates e reações divergentes. Políticos alinhados à esquerda, como a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, comemoraram a medida, afirmando que o fim da militarização das escolas é um passo importante, beneficiando tanto os estudantes quanto as próprias Forças Armadas. O senador Humberto Costa (PT-PE) também elogiou o encerramento do programa, destacando que as escolas não devem se assemelhar a quartéis e defendendo uma educação com gestões democráticas.

Por outro lado, a medida tem gerado forte reação da direita, que critica a decisão do governo Lula. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, expressou sua indignação, afirmando que pais, mães, militares e pessoas carentes, que podiam matricular seus filhos nessas escolas, são as novas vítimas dos “vingadores”. O ex-deputado Paulo Eduardo Martins (PL-PR) também se posicionou contra a medida, elogiando a decisão do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que optou por manter o modelo cívico-militar em 12 escolas estaduais.

Além disso, o senador General Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a decisão do governo Lula, chamando-a de revanchista e destacando a importância do ensino de qualidade e da formação moral e cívica proporcionados pelas escolas cívico-militares. Mourão ressaltou que a medida tira das crianças a oportunidade de construir um futuro melhor e questionou a falta de união e reconstrução.

Economia

No entanto, mesmo com o encerramento do programa a nível nacional, é importante ressaltar que o governador do Paraná, Ratinho Jr., decidiu manter o modelo cívico-militar em 12 escolas estaduais, mostrando alinhamento com a proposta de Bolsonaro e o bolsonarismo. Essa decisão do governador paranaense indica que a questão das escolas cívico-militares ainda é polêmica e continuará a ser debatida em âmbito regional.

Dessa forma, o fim das escolas cívico-militares no país, por determinação do governo Lula, tem gerado reações diversas e intensas. Enquanto a esquerda comemora a medida como um avanço para uma educação mais democrática, a direita critica a decisão, alegando que as crianças e suas famílias são as principais prejudicadas.

O confronto de posições políticas fica evidente no posicionamento do governador do Paraná, Ratinho Jr., que optou por manter o modelo em algumas escolas do estado. Certamente, essa é uma questão que continuará sendo debatida e polarizada na esfera política e educacional do país. O Blog do Esmael segue acompanhando esse debate.

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2 Respostas para “Governo Lula encerra programa de escolas cívico-militares criado por Bolsonaro”

  1. Ainda bem que acabaram com esta anomalia no ensino público no Brasil. Aliás nem deveriam ter colégios militares no Brasil, pois os recursos para as manter saem da mesma fonte e só os filhos do militares tem acesso a elas, os dos civis tem que ficar na vila das vagas.

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