O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em negociações com o presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco do Brics, Marcos Troyjo, para que ele renuncie ao cargo. O mandato de Troyjo, indicado pelo governo de Jair Bolsonaro, vai até 2025.
Crítico de Lula, ele chegou a se referir ao petista como “presidiário” em suas aparições na rádio.
Lula pretende indicar a ex-presidente Dilma Rousseff para substituir Troyjo no cargo.
Embora Troyjo tenha reconhecido que sua permanência no banco é problemática, ele resistiria à ideia de renunciar.
Caso haja um impasse, o governo brasileiro pode ser obrigado a forçar sua saída propondo sua destituição aos outros países.
Dilma inicialmente resistiu à ideia de assumir o Banco do Brics, mas a conjuntura atual teria feito com que mudasse de ideia.
A assessoria da ex-presidente diz que informações sobre sua eventual nova missão são apenas “especulações”.
No entanto, nos blocos de carnaval – em várias partes do país – já é possível ouvir marchinhas e gritos de guerra como ‘Dilma banqueira, do povo brasileiro’.
O Banco do Brics tem como objetivo principal apoiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do Brics e em outras economias emergentes.
O Brics tem como sócios Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Sobre o Brics
O termo “BRICS” foi cunhado por Jim O’Neil em 2001 como uma forma de identificar os países emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que apresentavam potencial de crescimento econômico significativo. Em 2006, os países começaram a se reunir regularmente em cúpulas anuais para discutir questões econômicas e políticas globais.
Desde então, o BRICS tem se tornado cada vez mais influente como bloco econômico e político, com uma ampla gama de projetos conjuntos, incluindo a criação de um banco de desenvolvimento, a New Development Bank (NDB), e uma moeda de reserva comum, o BRICS Contingent Reserve Arrangement (CRA). Além disso, o BRICS também tem sido um importante ator na formulação de políticas globais, incluindo questões relacionadas ao comércio, meio ambiente e desenvolvimento.
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