Até o Estadão refuta vídeo de Alexandre Garcia espalhando notícias falsas sobre enchentes no Sul

Nesta segunda-feira, dia 11 de setembro, o jornal Estadão trouxe à tona uma importante constatação que põe em xeque as alegações do jornalista Alexandre Garcia.

Segundo a publicação, Garcia propagou informações mentirosas sobre as recentes enchentes no Sul do Brasil, alegando que a abertura de comportas em represas teria causado a trágica inundação.

Entretanto, uma investigação minuciosa por parte do “Estadão Verifica” revelou uma realidade completamente distinta daquela disseminada por Garcia.

O vídeo que circulou nas redes sociais mostra Alexandre Garcia afirmando que as chuvas não foram o único fator responsável pelas enchentes no Rio Grande do Sul, alegando que durante o governo petista foram construídas três represas que abriram suas comportas simultaneamente, desencadeando a tragédia.

No entanto, as instituições de controle e fiscalização negaram categoricamente essa versão dos eventos.

De acordo com os órgãos de fiscalização, as usinas hidrelétricas mencionadas no vídeo não possuem comportas para armazenamento ou retenção de água.

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Essas hidrelétricas foram projetadas com uma técnica que permite que a água excedente flua naturalmente sobre as barragens durante períodos de chuvas intensas ou aumento na vazão dos rios.

Essa estrutura é conhecida como “vertedouro de soleira livre” e não tem a capacidade de controlar o fluxo dos rios, apenas permite o escoamento do excesso de água.

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul afirmou que não há evidências que liguem as barragens ao agravamento das enchentes.

A Companhia Energética Rio das Antas, responsável pela operação das barragens, ressaltou que a água excedente simplesmente passou por cima das barragens, sem qualquer liberação mecânica.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), encarregada de fiscalizar a geração hidrelétrica, confirmou que as enchentes não poderiam ser agravadas pela estrutura das barragens.

Da mesma forma, a Agência Nacional de Águas (ANA) esclareceu que a produção de energia nessas usinas é feita exclusivamente pela força da correnteza, sem a utilização de comportas.

É importante destacar que as usinas em questão tiveram seus projetos iniciados durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e foram concluídas entre 2004 e 2009, não tendo relação com o governo petista, como afirmou Alexandre Garcia.

A alegação do jornalista, feita durante uma participação em um programa da Revista Oeste no YouTube, gerou uma onda de especulações nas redes sociais, incluindo a sugestão de interferência criminosa na tragédia.

Essas especulações levaram os prefeitos da região do Rio das Antas a informar o Ministério Público Federal sobre o caso.

O desastre que atingiu a região serrana e do Vale do Rio Taquari foi desencadeado por um ciclone extratropical que trouxe fortes ventos e intensas chuvas.

O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil público para investigar as providências tomadas em relação às enchentes, eventuais irregularidades e seus responsáveis, bem como possíveis ações preventivas em situações climáticas extremas.

Diante das alegações infundadas de Alexandre Garcia, o Advogado-Geral da União (AGU) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jorge Messias, tomou medidas enérgicas.

Messias acionou a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia contra o jornalista, alegando que ele disseminou informações falsas sobre as chuvas no Rio Grande do Sul.

Messias enfatizou a gravidade de espalhar desinformação em um momento de profunda dor.

No entanto, a velha mídia corporativa surtou com a decisão da AGU investigar as fake news de Alexandre Garcia.

Para desacreditar a medida da AGU, os jornalões compraram a iniciativa do governo Lula com o antigo governo Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a mídia golpista, esta situação suscita debates sobre a liberdade de expressão e o uso da máquina pública para investigar jornalistas.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, também se pronunciou sobre o caso, afirmando que fake news é crime e não pode ser usada como instrumento político.

Ele anunciou que a Polícia Federal tomará medidas em relação às alegações de Alexandre Garcia, enfatizando a gravidade de espalhar desinformação, especialmente em uma crise humanitária como essa.

A AGU informou que as medidas a serem adotadas em relação a Alexandre Garcia ainda estão sob análise, podendo incluir um pedido de direito de resposta, de acordo com o direito brasileiro.

De acordo com a Constituição, a AGU, a PGR e o Ministério da Justiça são legalmente autorizados a representar judicial e extrajudicialmente os integrantes dos Poderes da República quando demandados em juízo em razão de atos praticados no interesse público, no exercício de suas atribuições.

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4 Respostas para “Até o Estadão refuta vídeo de Alexandre Garcia espalhando notícias falsas sobre enchentes no Sul”

  1. Como a lei é para todos, e crime se paga cumprindo pena. Está na hora de enquadrarem este Alexandre Garcia, pois não é a primeira vez que ele espalha mentiras e os bozolóides replicam como se fosse pura verdade. Eu se fosse o Presidente Lula, representaria contra ele e faria ele pagar por mais este crime de desinformação. E até a Folha de SP, já deveria ser enquadrada pelo Presidente, por tantas mentiras também publicadas à respeito dele.

  2. Lembro-me, ainda e muito bem viva, a imagem deste jornalista enaltecendo a pessoa do presidente Collor. Ele é a imagem da direita raivosa. E pior ainda é o jornal que se diz democrático (vide propaganda na rede globo) publicar estas insanidades. É uma dupla: o mentiroso e seu patrão.

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