Arthur Lira vê seu poder escorrer entre os dedos, enquanto eleva tom contra governo Lula

O cenário político em Brasília aquece ainda mais com a aproximação da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, marcada para fevereiro do próximo ano. Com Arthur Lira (PP-AL) impedido de concorrer à reeleição, a corrida pela sucessão ganha contornos dramáticos nos bastidores. A data parece estar longe, mas esse calendário de articulações é “mais acelerado” do que o calendário Gregoriano, que conta os dias a partir do nascimento de Jesus Cristo.

Vão começar a apertar o presidente Lula como fizeram com a Dilma. Anotem aí, alertou ontem (5/2/2024) o empresário curitibano Tony Garcia, conhecido como “Gramsci das Araucárias”, após ele fazer autocrítica de sua participação no impeachment de Dilma Rousseff (PT) e de conspirar ao lado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), por determinação da Lava Jato, segundo o ex-agente infiltrado pela força-tarefa de Curitiba. Tony Garcia se tornou um dos queridinhos da esquerda brasileira depois que ele enfrentou seu ex-algoz, o senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-deputado cassado.

Garcia tem razão, pois é prerrogativa do presidente da Câmara abrir o processo de impeachment contra o Presidente da República. Essa força discricionária [de chantagem] de Lira não deve ser subestimada, assim como ocorreu na época de Dilma, que apostou e perdeu no embate contra Cunha.

Nos corredores, fontes afirmam que Arthur Lira busca consolidar apoio em torno de seu candidato preferido, utilizando uma jogada intrigante nos tabuleiros políticos: as indicações de vice-presidentes da Caixa Econômica Federal. A escolha desses cargos estratégicos se revela como peça-chave na articulação do atual presidente, buscando garantir um sucessor alinhado aos seus interesses.

Tony Garcia alerta para armação contra o presidente Lula.
Tony Garcia alerta esquerda para armação contra o presidente Lula.

Em setembro, Lira já havia admitido que as indicações passariam por suas mãos, e em janeiro, o Conselho de Administração da Caixa aprovou seis novos vice-presidentes, indicando o sétimo, alinhando-se às indicações de partidos como PP, PL, Republicanos e PDT.

Apesar de Lira manter discrição sobre seu apoio, dois nomes despontam como favoritos na disputa: Elmar Nascimento (BA), líder da União Brasil, e Marcos Pereira (Republicanos-SP), atual vice-presidente da Câmara. A avaliação nos bastidores indica que Lira apoiará aquele que conseguir se viabilizar de maneira mais sólida.

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Correndo por fora, Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) também figuram como possíveis alternativas, cortejando o governo federal em busca de apoio.

Dentro desse tabuleiro político, Elmar e Pereira teriam firmado um acordo. Quando a eleição se aproximar, apenas um deles continuará na corrida, baseado no endosso recebido entre os colegas.

Em busca de ampliar seu apoio, Elmar Nascimento planeja levar cerca de 80 deputados ao Carnaval da Bahia, estratégia que, segundo relatos, visa conquistar respaldo antes mesmo da definição da disputa.

O discurso contundente de Arthur Lira na abertura do ano legislativo, repleto de críticas ao governo Lula, adiciona um elemento de incerteza ao processo sucessório. O presidente da Câmara sinaliza que a Casa não ficará inerte diante das especulações sobre a sucessão, que ocorrerá apenas em 2025.

A retirada do PSB do bloco liderado por Lira representa um revés, e a análise nos bastidores aponta para a necessidade de acelerar as tratativas ainda no primeiro semestre, considerando as eleições municipais em outubro e a possibilidade de surgirem novos nomes na disputa.

Arthur Lira amaldiçoa violência em protestos ocorridos em Brasília
Foto de arquivo: Lira se vê enfraquecido para a batalha pelo poder contra o governo Lula.

O xadrez político para a sucessão de Arthur Lira está em pleno movimento, com estratégias sendo traçadas e alianças sendo costuradas nos bastidores. O papel das indicações na Caixa, os acordos entre candidatos e as tensões entre Lira e o Planalto são elementos que moldam esse jogo político.

Ainda é cedo para prever os desdobramentos finais, mas a certeza é de que a corrida pela presidência da Câmara promete ser intensa e estrategicamente conduzida nos próximos meses. O Brasil observa atentamente os passos dos protagonistas desse jogo político, que impactará diretamente os rumos do legislativo nacional.

No entanto, é de uma clareza solar que Arthur Lira está vendo seu poder escorrer entre os dedos, por isso ele eleva o tom contra governo Lula em busca de influência política para “fazer” o próprio sucessor na Câmara.

10 Respostas para “Arthur Lira vê seu poder escorrer entre os dedos, enquanto eleva tom contra governo Lula”

  1. Como a nossa política é bem de republiqueta, lendo a matéria, o deputado da BA que é apoiado por Lira, vai levar 80 deputados para o carnaval baiano a fim de angariar votos. Será que isso demonstra que estes deputados estão preocupados com o cidadão brasileiro que os colocou no Congresso ou estão preocupados com seus ganhos nas maracutaias que fazem por lá e colocando o Executivo como refém de suas manobras? Vamos aprender a votar meu povo, se não é isso que vamos ler e ver. Os nossos “representantes” se preocupando com poder e riquezas e menos com suas obrigações parlamentares que é no mínimo criar mecanismos para melhorar a vida do brasileiro. Espero que o Presidente Lula, consiga um aliado de peço que tire a turma do Lira do poder do Congresso, para que o Brasil volte à ter governança de um Presidente e não de uma caterva do Congresso Nacional.

  2. Recursos, recursos, recursos. Em um país sério Lira estaria na cadeia
    Espero que na próxima eleição o povo saiba votar para deputado federal. Fica difícil ter essas raposas. Já passou da hora de não votar em subcelebridades, delegados, pastores, coronéis e influencers que são manipulados pelos velhos políticos de sempre. E espero que nos vejamos livre do Lira logo.

  3. Arthur Lira está esbravejando pelo fato que seu “poder” esta enfraquecido, devido ao Presidente Lula cortar sua “verba” de 17 bilhões para alimentar o seu curral eleitoral, não só dele, mas, de seus amigos de Congresso, que nem de longe, estão pensando no bem estar do povo que os colocou no Congresso e sim com o ganho de suas contas bancárias. A questão de emendas parlamentares que são concedidas pelos Governos Federal, Estaduais e Municipais as seus respectivos Legislativos, é uma afronta ao povo brasileiro. Por um simples motivo. Estes recursos nunca chegam nas bases destes legisladores, e sim aos seus currais que viabilizam a sua manutenção na função política de deputados federal, estaduais e vereadores. Estes recursos no final das contas, fazem muita falta ao Executivo de todas as esferas governamentais. São na sua grande maioria, um bando de chupins que uso os recursos para o bem próprio e não coletivo. Não quero generalizar, pois tem alguns poucos que levam a política para ajudar o povo, mas, infelizmente a grande maioria já entra lá com a intenção de ficar rico e até milionários. Até quando vamos aceitar está política nefasta à Nação Brasileira. Se aqui fosse um país sério, o Arthur Lira já estaria preso por achaque ao Executivo, para aprovar Leis que vão beneficiar em muitos casos a vida do cidadão. Arthur Lira é um homem corrupto. E disso não tenho dúvidas. Mais uma vez Alagoas ferrando com o Brasil, de Collor a Lira, até quando vocês não vão aprender a votar. O há esmola que eles dão a vocês é suficiente para seguirem suas vidas. O Brasil que gente de bem no Congresso, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. Fora isso é pedir para nos ferrarmos.

  4. Da hora. A UOL acabou de publicar que o motivo do Arthur Lira estar dando piti no Congresso devido ao corte das emendas, tem seu motivo. E motivo é a sua lavanderia chamada Perse – Programa Emergencial da Retomada do Setor de Eventos. Que o Ministro Haddad está alertando aos congressistas que a pega de 17 bilhões é para “salvar” o setor, mas, o que se observa que o crescimento está muito acima do que pensava. Pois somente foi gasto 4,4 bilhões no exercício anterior. Como se justifica uma aumento, tão gigantesco como este? Simples! Isso se chama LAVAGEM DE DINHEIRO. É Lira falou o que não devia, está ouvindo o que não queria ouvir. Que o senhor, uso um programa para salvar as empresas deste ramo de eventos, paras lavar as suas verdinhas. Com dizem. Se aqui fosse como em um país onde a política é levada a sério. Lira já estaria na cadeia.

  5. Quer apostar que o Lira vai aceitar um pedido de Impeachment do Lula e do Alkmim para ter novas eleições para presidente em outubro desse ano, eu não estou brincando, portanto ou detona o Lira ou a nossa democracia corre um risco enorme.

  6. O que o Décio diz é uma grande realidade, Lula pode até não ser afastado , mas o que o Lira quer é tumultuar e tudo a mando do Bozo, o que me preocupa mais é que o Lira está conversando sempre com o Malafaia e com o Bozo.

  7. O Décio escreveu uma verdade. A situação do Lira é muito perigosa para à nossa DEMOCRACIA. estão dando muita chances para o Bolsonaro armar novo golpe. E agora ele irá usar o Congresso que tem ampla maioria contra o atual Governo. Portanto um pedido de Impeachment não está descartado. Sempre alertei sobre isso. O STF está com muita “PACIÊNCIA” com o Bolsonaro. Será que só a Deputada Gleisy, percebe o perigo de manter o Bolsonaro solto. E o Presidente Lula que pare com está de “BOA VIZINHANÇA”, pois Arthur Lira e CIA, só são “ALIADOS” no que os interessa GRANA NO BOLSO. Com o ORÇAMENTO SECRETO via PIX, o bolso de Lira e CIA ficou bem recheado na Era Bolsonaro, o Presidente Lula vetou a grana pedida via “emendas” e o Lira já virou a casaca, aliás, amizade que aparentemente, só na cabeça do Presidente Lula que existia. O Lira é apoiador do Bolsonaro, alguém acreditava que ele era um republicano? Presidente Lula, ACORDA e ousa a Janja, pois ele sabem bem que são as cobras em sua volta. Mulher tem um sexto sentido que nunca falha. Fala com ela, e faça o que ela pedir. Se afasta do Lira, para o bem da DEMOCRACIA BRASILEIRA.

  8. O pôvo tem que mirar no centrão e eleminar um por um nas eleições. Votar em massa em partidos progressistas. Tá na hora do pôvo aprender fazer campanha pra deputado federal ao invés de presidente, porque claramente já vivemos um parlamentarismo. Onde já se viu o parlamentar querer 1/4 do orçamento pra não fazer absolutamente NADA para a população? Como ele disse, O DINHEIRO É DO Povo. Que fique com o povo. E o povo elegeu o presidente com a proposta de governo dele, quem elegeu centrão foi os corporativos financiados. Dizer que essa gentalha gastou sola de sapato pra se eleger é piada. Tá faltando mesmo só o povo fazer o que eles fazem

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