Apagômetro denuncia impactos negativos após privatização da Copel no Paraná

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) lançou uma iniciativa crucial para expor os efeitos danosos da privatização da Copel no Paraná. O Apagômetro, plataforma online inaugurada nesta segunda-feira (4/3), surge como um instrumento transparente, revelando o aumento alarmante de apagões e interrupções no fornecimento de energia em todo o estado após a venda da Copel pelo governo Ratinho Junior (PSD), em 2023.

Utilizando informações da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), compiladas pelo Senge-PR, e denúncias do próprio mandato, o Apagômetro destaca que 387 das 399 cidades do Paraná enfrentaram falhas no serviço após a privatização da Copel. Essa ampla cobertura evidencia a extensão dos problemas que surgiram como resultado da venda da empresa estatal.

O deputado Arilson Chiorato relembra que alertas foram feitos sobre a queda iminente na qualidade dos serviços após a privatização da Copel. Os resultados do Apagômetro confirmam essas previsões, com interrupções e quedas de energia afetando significativamente a vida cotidiana dos paranaenses.

Os dados revelam que, do total de reclamações de consumidores registradas em 2023, 66% ocorreram após a privatização. Além disso, o aumento nas reclamações resultou em multas cada vez mais expressivas aplicadas pela ANEEL à Copel. Entre 2011 e 2018, a empresa pagou em média R$ 69 mil ao ano em multas por reclamações. No entanto, em 2023, esse valor saltou para R$ 503 mil, refletindo a insatisfação crescente dos consumidores.

Uma análise minuciosa dos dados da ANEEL entre setembro e dezembro de 2022, antes da privatização, e no mesmo período de 2023, logo após a privatização, confirma a deterioração na qualidade dos serviços. O “Número de Ocorrências Emergenciais com Interrupção de Energia Elétrica” aumentou de 27 mil para 31 mil de setembro de 2022 para o mesmo mês do ano seguinte. Em dezembro, as ocorrências subiram de 30,3 mil para 35,7 mil.

É importante destacar que não ocorreram intempéries significativas que justificassem o aumento nas interrupções. Em 2023, a média de interrupções no último quadrimestre ficou em 38,2 mil, contrastando com as 30,9 mil ocorrências registradas no mesmo período de 2022.

Economia

O “Tempo Médio de Preparação”, que mensura o período desde a chegada dos profissionais para atender a uma ocorrência até o início do serviço, passou de 2h17min em setembro de 2022 para 3h50min após a privatização. Esse aumento substancial evidencia não apenas a frequência, mas também a demora no restabelecimento do serviço após as falhas.

Para contribuir com a transparência e coletar dados abrangentes, o Apagômetro oferece à população a oportunidade de registrar suas próprias reclamações sobre falhas nos serviços da Copel. Basta acessar o site https://arilsonchiorato.com.br/apagometropr/ e preencher o formulário disponível.

Diante desses dados preocupantes, a plataforma lançada pelo deputado Arilson Chiorato destaca-se como uma ferramenta essencial para conscientizar a população sobre os impactos da privatização da Copel. É imperativo que a sociedade esteja informada e mobilizada diante de questões que afetam diretamente a qualidade de vida e a confiabilidade dos serviços essenciais.

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3 Respostas para “Apagômetro denuncia impactos negativos após privatização da Copel no Paraná”

  1. Como alguém pode falar tanta besteira em tão pouco tempo? Hoje (5/3) o governador (?) Ratinho encontrou o culpado pelas constantes quedas de luz: o (suposto) explosivo crescimento econômico do Estado do Paraná fez aumentar absurdamente o consumo de energia elétrica e causou assim os problemas no fornecimento de energia elétrica!!!! O governador(?) então estava de férias e não percebeu tal crescimento? Ele é governador ou não é?

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