Em nota, a Anistia internacional exige “investigação imediata, completa, imparcial e independente que não apenas identifique os atiradores, mas também os autores intelectuais do crime”.
Neste sábado, ativistas, militantes e apoiadores realizam, em pelo menos 80 cidades de oito países, o Amanhacer por Marielle e Anderson, que além de homenagear as vítimas, também cobra punição aos envolvidos no crime.
“O Estado deve garantir que o caso seja devidamente investigado e que tanto aqueles que efetuaram os disparos quanto aqueles que foram os autores intelectuais deste homicídio sejam identificados. Caso contrário envia uma mensagem de que defensores de direitos humanos podem ser mortos e que esses crimes ficam impunes”, afirma Jurema Werneck.
Para a organização, as características do crime indicam se tratar de um assassinato que foi cuidadosamente planejado, realizado por pessoas com treinamento. A Anistia assinala também que o Brasil é um dos países que mais mata defensores de direitos humanos. Segundo eles, só no ano passado, 58 defensores foram assassinados.
“O assassinato de uma vereadora, defensora de direitos humanos, ativista dos movimentos LGBTI e das favelas, negra e lésbica tem, claramente, a intenção de silenciar sua voz e de gerar medo e insegurança. Mas vamos continuar levantando nossas vozes. Desde que Marielle foi morta, as pessoas no Brasil e em todo o mundo, se mobilizaram e não descansarão até que a verdade seja conhecida e a justiça seja feita. Eles tentaram nos calar, mas nós mostramos que não estamos com medo”, conclui Jurema.