Metalúrgicos da Renault rejeitam plano de demissão e podem entrar em greve na quarta

Os metalúrgicos da Renault, em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba, rejeitaram a proposta da montadora que pretende estabelecer um plano de demissão voluntária que elimina 800 postos de trabalho, atingindo mais de 10% da mão de obra de um total de 7.300 da planta fabril.

Na última sexta-feira (17), a maioria dos metalúrgicos da montadora não aceitou a proposta que engloba o Plano de Demissão Voluntária (PDV), Plano de Demissão Involuntária (PDI), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e data-base.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, “a proposta é ruim para trabalhadores que saem e ruim para os trabalhadores que ficam, mesmo com alguns ‘incentivos’ oferecidos pela empresa àqueles que aderirem ao plano, como plano médico e vale-mercado até o final de 2020, e primeira parcela da primeira participação nos lucros ou resultados (PLR)”.

A montadora tem 72 horas, contando os dias úteis, para voltar a negociar e apresentar uma nova proposta aos trabalhadores.

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Em nota, a Renault afirmou que “mantém um diálogo com o Sindicato desde final de fevereiro na busca de soluções para esse momento desafiador, além da negociação de data-base e PPR”.

A montadora ressaltou ainda que “apresentou uma proposta de PDV, data-base e PPR em alguns aspectos melhor do que outras propostas aprovadas pelo Sindicato e colaboradores de outras empresas da região”.

A unidade da Renault na Grande Curitiba produz os modelos Sandero Stepway, Logan, Kwid, Duster, Oroch, Master e Captour. A fábrica ainda conta com uma unidade de motores e injeção de alumínio.

Caso as negociações não prosperem, a direção sindical não descarta convocar uma greve para esta quarta-feira (22).