O veto do vice-presidente da República, Michel Temer, à participação do PMDB na “ménage à trois” (palanque triplo) de Beto Richa (PSDB), poderá antecipar mexidas no primeiro escalão do governo do Paraná. O primeiro que entra na marca do pênalti é o secretário do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli, que é deputado estadual licenciado.
Richista de carteirinha, Romanelli não conseguiu convencer no jantar de ontem que uma aliança peemedebista, no Paraná, com o tucano seria uma boa para a reeleição de Dilma e do próprio Temer.
Em 2014, Richa já assumiu compromisso de subir no palanque de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Agora tentou colocar um pé na campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT) por meio de coligação com os peemedebistas.
Primeira hipótese candidato próprio a governador, segunda hipótese aliança com PT e terceira com PSDB. Ficou evidente que é muito difícil para o PMDB/PR apoiar Dilma/Temer, quando Beto vai apoiar Aécio/Eduardo. O palanque na hipótese da aliança com PSDB local “não fecha”!, disse hoje cedo, ao blog, Rodrigo Rocha Loures, porta-voz de Temer e da direção nacional do PMDB.
Diante do insucesso da missão “tucana” em Brasília, ontem, é natural que o governador peça os cargos que estão com os peemedebistas para negociar com outras agremiações. Nesse sentido, o PSD, de Eduardo Sciarra, já mandou o sindicalista Paulo Rossi, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), entrar no aquecimento. Há muito o partido de Kassab está de olho na Secretaria do Trabalho.
Outro que também deverá antecipar a saída do governo é o secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, igualmente deputado licenciado. Richa deverá utilizar o cargo para reforçar o PSC de Ratinho Júnior no governo. Um dos nomes cogitados para a pasta é do engenheiro agrônomo àlvaro Cabrini, ex-presidente do Crea.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.