Ucrânia alega deter ofensiva russa no leste do país; tanques britânicos se preparam para entrar na batalha contra russos

A Ucrânia alega ter interrompido uma ofensiva russa no leste do país em direção às cidades de Kupiansk e Lyman, nesta sexta-feira (23/6). A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, afirmou em entrevista à televisão ucraniana que as tropas ucranianas conseguiram deter o avanço inimigo nessas áreas. Essa ação faz parte da contraofensiva ucraniana, considerada a mais ambiciosa até o momento desde a invasão russa em 2022.

De acordo com Maliar, embora a Ucrânia tenha retomado o controle de oito vilas, a Rússia ainda mantém grandes áreas de território no leste e sul da Ucrânia. As forças ucranianas ainda não conseguiram avançar em direção às principais linhas defensivas que a Rússia teve meses para preparar. A vice-ministra ressaltou que os eventos mais importantes ainda estão por vir e que o principal golpe ainda está por vir. Algumas reservas serão ativadas posteriormente.

Além disso, foi relatado que a região de Kherson sofreu ataques, resultando na morte de pelo menos duas pessoas e vários feridos. O centro do confronto parece ter se deslocado para a estrada que leva a Mariupol, no sul da Ucrânia. A ofensiva ucraniana está empurrando lentamente as forças russas de volta nessa região. Tanques britânicos Challenger estão prontos para se juntar à batalha, segundo apurou o Blog do Esmael junto às agências internacionais de notícias.

No cenário geopolítico, o ex-secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, e o chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andriy Yermak, publicaram um artigo conjunto no Le Monde, defendendo a necessidade de garantir a segurança de longo prazo da Ucrânia. Eles afirmaram que não há um espaço seguro na zona cinzenta entre a OTAN e a Rússia e destacaram a importância de incorporar a Ucrânia na arquitetura de segurança europeia.

A posição expressada por Anders Fogh Rasmussen e Andriy Yermak enfatiza a necessidade de garantir a segurança de longo prazo da Ucrânia, considerando que a zona cinzenta entre a OTAN e a Rússia não oferece um espaço seguro. Eles argumentam que incorporar a Ucrânia na arquitetura de segurança europeia é fundamental para garantir estabilidade na região.

No entanto, a narrativa russa afirma que a contra-ofensiva ucraniana não atendeu às expectativas dos estados ocidentais, citando a CNN na quinta-feira (22/6), que citou duas autoridades ocidentais e um representante de alto escalão do Pentágono.

Economia

De acordo com o relatório, uma autoridade ocidental observou que a ofensiva ucraniana “não está atendendo às expectativas em nenhuma frente”. Além disso, os estados ocidentais apontam a força das posições defensivas russas e a deflexão eficiente dos ataques ucranianos com ataques de mísseis.

Ao mesmo tempo, as forças ucranianas estão se mostrando “vulneráveis” a campos minados, diz o relatório.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, as forças ucranianas têm feito tentativas ofensivas inúteis desde 4 de junho. Em 22 de junho, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, disse que a Ucrânia perdeu mais de 13.000 militares desde o início da contra-ofensiva. O presidente russo, Vladimir Putin, também destacou que as forças ucranianas não tiveram sucesso em todas as direções.

Os russos ainda advertem que o emprego de armamentos estrangeiros, a exemplo dos tanques britânicos nas batalhas, serão considerados atos hostis desses Estados e passíveis de reação.

No começo deste ano, o Reino Unido afirmou que entregou 14 tanques Challenger 2 para a Ucrânia.

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