Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou Deltan Dallagnol, mas ele continua no palanque da velha mídia golpista

Nunca antes na história deste país testemunhamos um deputado cassado ocupar tanto espaço midiático como Deltan Dallagnol (Podemos-PR). O ex-parlamentar, ex-coordenador da força-tarefa Lava Jato, será o entrevistado do programa Roda Viva, transmitido pela TV Cultura no próximo dia 29 de maio, às 22h. No entanto, na mesma proporção do espaço dado a ele, esses veículos de comunicação omitem a verdadeira razão da cassação.

Após sofrer uma decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de maio, que confirmou sua cassação por fraude à lei, Deltan Dallagnol trava uma guerra de guerrilha contra os ministros dos tribunais federais com o intuito de desgastá-los. O ex-procurador, que realizou ao menos três mobilizações de apoio fracassadas, continua a desafiar essa decisão.

Note, caro leitor, que os jornalões da velha mídia estão empenhados em ajudar Deltan Dallagnol a mobilizar e, consequentemente, constranger os ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em meio a essa controvérsia, Dallagnol convocou um novo protesto para o dia 4 de junho, com o objetivo de manifestar sua insatisfação em relação ao judiciário. No entanto, essa convocação tem sido alvo de críticas e questionamentos de diversos setores da sociedade, que veem a atitude do ex-deputado como uma tentativa de desestabilizar a democracia e enfraquecer as instituições.

Nesse sentido, o ex-deputado Deltan Dallagnol tuitou: “É isso que está em jogo se a direita não se unir: o silenciamento de nossas vozes e o fim da liberdade de expressão”. Dallagnol se referia a um caso de aposentadoria compulsória da juíza bolsonarista Ludmila Lins Grilo, alegando que tal decisão representa uma ameaça às democracias.

Entretanto, é importante ressaltar que as opiniões de Deltan Dallagnol têm gerado divergências e debates acalorados. Para alguns críticos, suas declarações são vistas como uma forma de manipulação e uma tentativa de obter apoio popular, enquanto outros acreditam que ele está simplesmente exercendo seu direito de expressão. O ex-deputado e ex-procurador tenta sequestrar para si a bandeira da extrema direita.

Aliás, para o mundo jurídico, Deltan Dallagnol nem poderia ter concorrido porque já estava inelegível desde que pediu exoneração do Ministério Público Federal para fugir de condenação no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Ou seja, nessa narrativa, o ex-procurador da Lava Jato enganou cerca de 345 mil eleitores paranaenses.

Diante desse contexto conturbado, é fundamental que a sociedade acompanhe de perto o desdobramento desses eventos. Os diversos atores políticos e institucionais devem agir de forma responsável e comprometida com os princípios democráticos. Afinal, em um momento delicado como este, é necessário preservar a integridade das instituições e garantir o equilíbrio entre os poderes. Somente assim poderemos avançar em direção a um país mais justo e democrático – sem o fundamentalismo que Deltan quer representar.

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