Tragédia na Amazônia: Mais uma criança yanomami perde a vida na crise humanitária em Roraima

Uma criança Yanomami de 1 ano e 5 meses morreu na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, vítima de desnutrição grave e desidratação. De acordo com Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’Kuana, a criança estava em estado grave desde ontem e equipes de saúde pediram sua remoção para Boa Vista, mas o mau tempo impediu a decolagem.

Os Yanomami têm sofrido com a presença de garimpo ilegal em suas terras, resultando em casos de desnutrição e doenças como malária e pneumonia. Nos últimos 4 anos, 570 mortes de crianças foram registradas no território.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que a base aérea em Surucucu será reestruturada para receber aviões de maior porte, permitindo a montagem de um hospital de campanha na região. No entanto, ela não estipulou um prazo para a efetivação dessas medidas.

De acordo com o Centro de Operações Emergenciais, 223 pacientes foram removidos da Terra Indígena em janeiro. Atualmente, a Casa de Saúde Indígena em Boa Vista abriga 601 Yanomami, entre pacientes e seus acompanhantes, e 50 estão internados em hospitais na capital.

Exploração de ouro por grupo garimpeiro gera tensão na área indígena Yanomami em Roraima

Um grupo ligado ao garimpo ilegal no Pará fez durante o governo de Jair Bolsonaro uma ofensiva por ouro em Roraima. O levantamento feito pela Folha mostra que Nikolas Octavio Ayoub Godoy é titular de 16 processos de pesquisa ou permissão de lavra garimpeira (PLG) naquele estado.

Antes da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Godoy já tinha protocolado sete requerimentos na Agência Nacional de Mineração, mas todos relativos a solo no Pará. Ambas as lavras de garimpo autorizadas pelo governo Bolsonaro ficam próximas à Terra Indígena Yanomami e Godoy é titular de uma delas.

Economia

O garimpo ilegal tem causado graves consequências à saúde e meio ambiente da TI Yanomami.

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