Sergio Moro defende-se de grampo ilegal atacando o presidente Lula

O ex-juiz Sergio Moro, atualmente senador pelo União-PR, encontra-se no centro de mais uma polêmica envolvendo alegações de grampos ilegais e seu agente infiltrado nos meios políticos, jurídicos e empresariais, o empresário curitibano Tony Garcia.

Durante uma entrevista à GloboNews conduzida pela jornalista Daniela Lima, na manhã desta quinta-feira (5/10), Moro enfrentou as acusações e defendeu-se com veemência, atacando o presidente Lula.

Aliás, o próprio presidente Lula foi vítima de grampo ilegal envolvendo Moro e a TV Globo quando o petista foi indicado para assumir a Casa Civil no governo Dilma Rousseff.

Por conta desse grampo ilegal, Lula foi impedido pelo STF de assumir a função e – mais adiante – preso ilegalmente pela Lava Jato.

Moro afirmou que não se recorda de conversas telefônicas com seu antigo réu, Tony Garcia, que teriam ocorrido no passado.

Essas alegações surgiram em meio a documentos exibidos pelo canal de televisão que sugerem que Moro estava envolvido em grampos ilegais, incluindo figuras com foro privilegiado, como parlamentares e membros do judiciário.

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Entre os nomes mencionados nos documentos estavam o falecido deputado federal José Janene e Heinz Georg Herwig, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), indicado pelo também falecido governador Jaime Lerner.

De acordo com a Constituição Federal, os deputado federais devem ser processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto os conselheiros dos tribunais de contas estaduais têm o foro no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Moro negou veementemente qualquer autorização ou envolvimento em procedimentos contra magistrados, mesmo diante de documentos que teriam sido marcados como “secretos”.

A pedido de Sergio Moro, o empresário Tony Garcia grampeou o ex-presidente do TCE-PR, em uma conversa que ocorreu em 3 de fevereiro de 2015, segundo os documentos revelados.

O senador pelo União-PR enfatizou que está sendo alvo de perseguição política por parte do governo Lula, devido à sua determinação de devolver R$ 2,2 bilhões à Petrobras.

Além disso, o corregedor-nacional do CNJ, Luís Felipe Salomão, também determinou a investigação desses repasses bilionários à estatal sem a devida autorização, o que Moro alega ser parte dessa suposta perseguição.

Em resposta às acusações, Moro divulgou uma nota oficial na qual argumenta que a investigação em questão ocorreu entre 2004 e 2006, quase 20 anos atrás, quando as práticas e jurisprudência eram diferentes.

Ele justificou o acordo feito pelo MPF com Tony Garcia como necessário para viabilizar a indenização de consorciados lesados pelo Consórcio Garibaldi.

Moro afirmou que as investigações subsequentes resultaram em processos contra advogados, mas não envolveram magistrados.

O ex-juiz também negou qualquer gravação ou medida investigatória autorizada por ele contra magistrados do TRF4, STJ ou qualquer outra Corte do Judiciário.

Ele explicou que a gravação do Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual foi realizada de acordo com o entendimento da época, que não exigia autorização judicial para gravações por interlocutores.

Moro lamentou que informações supostamente mentirosas estejam sendo divulgadas por “um bandido condenado” que teria lesado milhares de brasileiros por fraudes e desvios em consórcios.

Ele argumentou que tais acusações visam atacar agentes da lei que supostamente combateram a corrupção e fraudes.

O Palácio do Planalto, até o momento não se pronunciou sobre os ataques desferidos por Moro contra o presidente Lula.

O presidente Lula se recupera de uma cirurgia realizada semana passada no quadril.

Flávio Dino, ministro da Justiça, a quem está subordinado a Polícia Federal, também não se pronunciou sobre as alegações de “perseguição política” do senador e ex-juiz Sergio Moro.

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Uma resposta para “Sergio Moro defende-se de grampo ilegal atacando o presidente Lula”

  1. Só espero que este criminoso que usou toga, seja penalizado dentro da medida correta. E que pague pelo que fez não somente a pessoa do Presidente Lula, mas, à outras pessoas que perderam seus empregos, após ele ter aniquilado com as empresas onde elas trabalhavam. Este tem que fazer companhia, mais Deltan, e outros que formaram está quadrilha de toga, fazer companhia aos golpistas de 08/01/2023, na Papuda ou em outro lugar do Brasil. Não podem nenhum deles ficar sem punição.

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