Sergio Moro aposta no fetiche do combate à corrupção enquanto sonha com o governo do Paraná

O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, senador Sergio Moro (União Brasil-PR), em entrevista à Folha, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cria condições para novos casos de corrupção, criticando os esforços do governo para flexibilizar a Lei das Empresas Estatais.

Moro agora luta para se distanciar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem ajudou vencer as eleições de 2018, contra Fernando Haddad (PT), dizendo que apoiou Bolsonaro apenas brevemente durante a campanha eleitoral e não fazia parte de seu grupo político.

No entanto, Moro não só apoiou como foi seu ministro da Justiça no governo Bolsonaro. E, em 2022, repetiu a dose – voltando apoiar o ex-presidente – porque, certamente, ele estava de olho no mesmo cargo que ocupou anteriormente e buscava mais espaços na gestão de extrema direita.

Na entrevista, o senador paranaense ainda defendeu o juiz Marcelo Bretas, o “Moro do Rio”, que foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Moro também reforçou que seu principal foco na política é o fetiche do combate à corrupção, que acredita enfraquecer a democracia, e destacou seu apoio à volta da prisão em segunda instância.

Quanto ao seu futuro na política, Sergio Moro não fala, mas o Blog do Esmael soube que ele sonha em ser governador do Paraná. Além do ex-juiz, há uma fila de pré-candidatos, dentre os quais o atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), que recentemente assumiu a estratégica Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU) no governo de Ratinho Jr. (PSD); o deputado estadual Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná; e o presidente estadual do PL, deputado federal Fernando Giacobo.

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