Sergio Moro vai deixar o Senado no ano que vem, diz presidente do PL no Paraná

O deputado federal Fernando Giacobo, presidente estadual do PL no Paraná, ao Blog do Esmael, disse nesta segunda-feira (27/2) que Sergio Moro (União Brasil) vai deixar o Senado no ano que vem. O dirigente liberal afirmou categoricamente que o ex-juiz será cassado por abuso do poder econômico.

Segundo Giacobo, a tendência é que o Paraná tenha uma nova eleição para o Senado – após uma decisão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O presidente do PL paranaense disse que o caso de Moro é mais grave do que o caso da “Moro de Saia”, em alusão à ex-juíza Selma Arruda que ficou conhecida no Mato Grosso pelo histórico de decisões em casos de corrupção.

Selma Arruda foi cassada em 2019, após um ano de mandato, por caixa 2 e abuso de poder econômico, dada a “vultosa quantia de gastos que aconteceram antes da campanha sem a devida contabilização”, sentenciou o TSE. Uma nova eleição foi realizada no Mato Grosso, em novembro de 2020, quando Carlos Fávaro (PSD) foi escolhido em eleição suplementar para o Senado. Hoje ele é ministro da Agricultura no governo Lula.

Em uma ação na Justiça Eleitoral, o PL de Giacobo pede a cassação do ex-juiz da Lava Jato alegando que seu braço-direito e primeiro suplente, o advogado Luís Felipe Cunha, se beneficiou com contratações que ultrapassam R$ 1 milhão do União Brasil e do Podemos.

De acordo com o PL, os gastos iniciais de Moro no Podemos, legenda pela qual concorreria à Presidência, resultaram em benefícios eleitorais e, se levados em consideração, ultrapassam o teto da campanha para senador, que era de cerca de R$ 4,4 milhões.

A pré-campanha presidencial de Moro custou ao menos R$ 2 milhões para o Podemos. O partido pagou a contratação de pesquisas, segurança privada, viagens, aluguéis de carros e um salário de R$ 22 mil ao ex-juiz. Essa despesa, porém, não foi incluída na prestação de contas, pois ocorreu antes do período oficial de campanha.

Economia

Na eleição de 2022, Sergio Moro venceu o segundo colocado – ex-deputado Paulo Martins, do PL – por um triz. O ex-juiz obteve 33% dos votos, Martins fez 29% e Alvaro Dias teve 24%.

Fernando Giaboco disse que Paulo Martins seria eleito para o Senado, caso uma nova eleição fosse realizada hoje.

O presidente do PL-PR ainda disse que o partido, na onda da direita, vai lançar candidatos a prefeito em 150 municípios paranaenses. Ele se declarou em oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e independente em relação ao governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que ele considera “amigo pessoal”, porém com pouca conexão política.

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