Senador Marcos do Val “afrouxou o sutiã” após denúncia cabeluda contra Bolsonaro

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou que esteve envolvido em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), com o objetivo de induzir o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes a “reconhecer” que havia extrapolado os limites da Constituição ao tratar com o ex-presidente Bolsonaro.

Segundo Do Val, a reunião foi marcada e comandada por Silveira, que queria que fosse gravada e vazada de forma que parecesse legal.

Do Val jura que Bolsonaro ficou calado durante toda a reunião e que não havia mais ninguém.

Inicialmente do senador Marcos do Val afirmou que Bolsonaro o pressionou para participar de um plano de golpe, mas depois voltou atrás e repetiu que Bolsonaro ficou em silêncio durante a reunião.

A Polícia Federal aceitou o pedido para investigar o caso. Ou seja, de nada adiantou o senador Marcos do Val “afrouxar o sutiã” para Bolsonaro.

Daniel Silveira voltou para a prisão

Daniel Silveira, ex-deputado federal, foi preso após violar as regras da prisão domiciliar. A prisão ocorreu na casa de Silveira, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, e a polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão de armas, munições, dinheiro, computadores, celulares e outros objetos eletrônicos ou materiais relevantes.

Economia

O passaporte de Silveira também foi apreendido e cancelado, e a Justiça suspendeu seu registro e porte de arma de fogo.

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, após Silveira danificar a tornozeleira eletrônica que era obrigado a usar e fazer novos ataques contra o STF e o sistema eleitoral brasileiro em vídeos divulgados na internet e em discurso na Câmara dos Deputados.

Anderson Torres presta depoimento à PF

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, presta depoimento hoje à Polícia Federal. Ele está sendo investigado no Inquérito sobre Atos Antidemocráticos, aberto pelo desembargador Alexandre de Moraes.

Torres deve comentar as falhas de segurança que permitiram a invasão da sede dos Três Poderes por extremistas bolsonaristas no dia 8 de janeiro, quando ele comandava a Secretaria de Segurança Pública. Esta é a segunda vez que ele é ouvido pela Polícia Federal, e optou por ficar calado na primeira entrevista.

O ex-ministro de Bolsonaro também pode ser um dos primeiros a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que vai apurar atos de terrorismo cometidos em 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

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