São José dos Pinhais, cidade localizada na região metropolitana de Curitiba, enfrenta um desafio nas eleições municipais de 2024. A população tem expressado sua insatisfação com a quantidade excessiva de radares e o que consideram uma verdadeira indústria da multa. Os cidadãos de São José dos Pinhais veem os radares como benéficos apenas para a máfia que controla esse negócio, enquanto a prefeitura investe pesadamente em publicidade e propaganda para tentar reverter essa rejeição.
No início deste mês, nove vereadores do município decidiram tomar uma atitude. Eles protocolaram uma denúncia no Ministério Público do Paraná, alegando possíveis irregularidades no sistema de fiscalização eletrônica de São José dos Pinhais. Os parlamentares questionam não apenas a quantidade de radares espalhados pela cidade, mas também o número alarmante de multas aplicadas. Somente no mês de março, foram cerca de 12 mil multas registradas pelos radares, sendo que existem 18 equipamentos em funcionamento na cidade.
Diante dessas denúncias, os vereadores pedem que a fiscalização eletrônica de trânsito seja suspensa e que as multas sejam anuladas até que as investigações sejam concluídas. Procuramos a prefeitura de São José dos Pinhais para obter seu posicionamento sobre as acusações apresentadas ao Ministério Público do Paraná, porém, até o momento, não obtivemos retorno.
Enquanto isso, a prefeitura lançou uma milionária campanha de publicidade, alegando que a implantação dos radares está “salvando vidas”. No entanto, os cidadãos questionam se essa é realmente a motivação por trás da implementação massiva dos equipamentos ou se trata apenas de um meio de extorquir dinheiro dos motoristas sem piedade.
Todo esse cenário se torna ainda mais relevante diante das próximas eleições municipais. A atual prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, do partido Cidadania, buscará a reeleição, enquanto o vice-prefeito Eduardo Pimentel, do PSD, tentará manter o grupo do prefeito Rafael Greca no poder. Porém, o relacionamento desses políticos com a indústria da multa e a suposta máfia do transporte público em Curitiba ainda não foi esclarecido de forma satisfatória. É provável que essas questões se tornem temas centrais nas eleições do próximo ano.
Diante de toda essa situação, é inevitável questionar por que esses municípios não investem em educação para o trânsito, em vez de apostar no que muitos consideram um pseudo-punivismo para punir os infratores apressados. Por que alimentar máfias e supostos financiadores de campanha em detrimento do bem-estar dos cidadãos? São questões que merecem uma investigação aprofundada e que devem ser levadas em consideração pelos eleitores ao exercerem seu voto em 2024. A justiça nas urnas é a arma que os cidadãos têm para buscar uma mudança real nesse cenário.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Um relato pessoal. Eu é que o diga, recebi uma multa lá em casa, devido ao meu carro estar trafegando fora da faixa na Av. Visconde de Guarapuava em Curitiba, quem conhece está avenida, sabe que é uma missão impossível isso. Pois é uma das vias mais movimentadas da Capital Paranaense. E pasmem, fui junto aos Órgãos competentes verificar o caso, até porque na foto postada na notificação o meu carro está passando por cima de uma faixa de pedestres, coisa que é normal no trânsito, quando se está dirigindo nas ruas da cidade. Mas, o mais intigrante de tudo é que só descobri outra situação bem inusitada. Sei que existem casas fantasmas, políticos fantasmas, funcionário fantasmas, mas, carro fantasma, não sabia que existia, e logo o meu! Fui ao Detran para saber porque a documentação do meu carro o licenciamente 2023, não consegui emitir e um esclarecimento sobre a multa. E descobri que o meu carro não constava no sistema do Detran. O mais curioso disso que paguei o IPVA e Licenciamento, e não posso emitir o documento para poder trafegar com o veículo, mas, a multa eles conseguiram emitir, como pode isso, se o carro não consta mais nos registro do DETRAN? Alguém explica por gentileza, que até agora não consegui uma resposta e não posso usar o carro “por falta da documentação” , se for pego, é multa. MAS COMO VÃO MULTAR UM CARRO QUE NÃO EXISTE MAIS NO SISTEMA DO DETRAN? Isso que chamo de Industria da multa.