Risco Lira: A fome do bloco parlamentar pode entrar em conflito com a voracidade de banqueiros e a limitação do Tesouro

A criação do novo bloco parlamentar liderado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) na Câmara dos Deputados pode significar um desafio para a articulação política do Palácio do Planalto, liderada pelo ministro Alexandre Padilha. O bloco reúne nove partidos e 173 deputados, tornando-se a maior força política em número de parlamentares. Essa nova coalizão pode trazer tempestades com trovoadas em Brasília muito em breve.

Tem cheiro de arapuca esse bloco formado pelo presidente da Câmara, uma bolada nas costas da articulação do Palácio do Planalto, como se diz em Brasília, porque a capacidade de pressão desses parlamentares aumenta à medida que o cobertor continua curtíssimo em termos de cargos e verbas.

Ambos querem alcançar o cofre da União. No entanto, o Tesouro não tem como atender essa insaciável fome do Congresso e a crescente larica dos banqueiros e especuladores. Alguém vai dançar nessa. Há um risco nisso, o risco Lira.

Embora o novo bloco tenha sido formado com o objetivo de defender “pautas prioritárias para o País”, como medidas provisórias e alguns projetos com urgência constitucional, sua formação pode ter implicações mais profundas. A grande quantidade de parlamentares pode significar uma capacidade de pressão maior sobre o Palácio do Planalto em relação à agenda legislativa.

Além disso, a formação do bloco com partidos que não têm convergência ideológica pode trazer incertezas sobre a estabilidade política do país. Embora o manifesto lido pelos líderes do bloco defenda a democracia e a necessidade de diálogo para superar as principais dores da nação, a convergência em torno de um projeto que garanta a prosperidade do povo pode ser difícil de ser alcançada.

Desse suposto conflito entre banqueiros e parlamentares do bloco, pode resultar em algum tipo de regramento no sistema financeiro. A questão é prática, pois ambos estão ávidos por poder e influência. No entanto, é possível que um lado saia vencedor em detrimento do outro, e o governo federal pode se tornar uma presa fácil se não agir com certa urgência e habilidade política.

Economia

Portanto, a formação desse novo bloco pode trazer consequências imprevisíveis para a governabilidade do país, risco para os especuladores e banqueiros, mais miséria para o povo, além de reacender debates sobre a atual estrutura partidária brasileira.

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