Resenha de Ruy Nogueira sobre “O Repórter do Poder”: críticas ao jornalismo brasileiro e à ética jornalística

O publicitário Ruy Nogueira publicou uma resenha crítica sobre o jornalismo brasileiro e suas práticas antiéticas. Ele usou como exemplo o jornalista Jorge Bastos Moreno, que agora está sendo promovido pela TV Globo com a minissérie “O Repórter do Poder” no canal Globoplay.

Isso a Globo não mostra no “Repórter do Poder”:

  • Ruy Nogueira criticou o jornalismo brasileiro e suas práticas antiéticas em uma resenha crítica.
  • Ele usou o exemplo de Jorge Bastos Moreno, um jornalista folclórico, fútil e especializado em bajular poderosos.
  • Nogueira mencionou vários exemplos de jornalistas envolvidos em atividades questionáveis, como espalhar notícias falsas e participar de festas financiadas por empresários influentes.
  • Ele também criticou a falta de responsabilidade dos proprietários de empresas de mídia que permitem ou até encorajam essas práticas antiéticas.
  • Nogueira questionou a objetividade da Rede Globo ao produzir um programa sobre um repórter controverso e questionou se isso é realmente jornalismo ou algo diferente.

Nogueira descreveu Moreno como um indivíduo folclórico, fútil e especializado em bajular poderosos, traficar pequenos favores e gentilezas e adular desavisados. Ele afirmou que Moreno sequer sabia escrever e dependia dos colegas de redação em Brasília.

Além disso, Nogueira mencionou vários exemplos de jornalistas envolvidos em atividades questionáveis, como espalhar notícias falsas e participar de festas financiadas por empresários influentes. Ele também criticou a falta de responsabilidade dos proprietários de empresas de mídia que permitem ou até encorajam essas práticas antiéticas em nome do lucro ou da influência política.

Finalmente, Nogueira questionou a objetividade da Rede Globo ao produzir um programa sobre um repórter controverso e questionou se isso é realmente jornalismo ou algo diferente. Ele afirmou que a Rede Globo vende peixe podre ao preço de caviar beluga, referindo-se à série.

A seguir, leia a íntegra da resenha crítica de Ruy Nogueira sobre “O Repórter do Poder”:

Mino Carta diz que o Brasil é o único país em que os jornalistas são piores que seus patrões.

Já vi coisas indecentes na imprensa nativa.

Economia

Diretor de comunicação da VASP, ao lado de Mauro Guimarães, meu homólogo na TAM, resolvi enfrentar um bandido chamado Jorge Honório, assessor de imprensa da Transbrasil e repórter do Estadão. O tipo acumulava os dois empregos e fomentava noticiário mentiroso sobre as demais cias. aéreas no falido jornal. Fomos à Ruy Mesquita, que mostrou-se indignado, prometeu providências e… …jamais demitiu o malandro, com três décadas de casa e gorda indenização que os decadentes quatrocentões não queriam pagar.

A Gazeta Mercantil e a Editora Abril, pertencentes à famílias herdeiras de métodos da Chicago dos anos 20, deviam fortunas ao Bamerindus. Preferiram detonar matérias alarmistas que provocaram corridas aos caixas do grande banco à pagar-lhe o que deviam. Há centenas de histórias horríveis, onde jornalistas se prestaram a serviços de pistolagem e tocaia com dedicado esmero.

Agora, em capítulo folclórico e inédito, parte da imprensa começa a tecer loas e elevar louvaminhas a si mesma!

A Globoplay estréia programa sobre o falecido repórter Jorge Bastos Moreno. Conheci-o nos idos de 1978, convivemos por décadas. Era tipo folclórico, fútil, especializado em bajular poderosos, traficar pequenos favores e gentilezas, adular desavisados. Nele se destacavam imensa barriga e a fama de que não tinha redação própria: chegava às redações e relatava o apurado. Os coleguinhas, acupinchados, escreviam-lhe o texto final.

Mantinha padrão de vida impressionante e irreal, vivendo em mansão no Lago, o bairro mais caro de Brasília. Lá promovia festinhas restritas, onde menores de idade e pessoas com algum pudor não participavam. Era financiado por notório caftén do poder, o professor Di Gênio, rico empresário da educação.

Moreno era desfrutável, nomeou dezenas de parentes no governo do conterrâneo Dante de Oliveira (segundo célebre notícia publicada à época), e especializou-se em fofocas.

A Rede Globo vende peixe podre ao preço de caviar beluga. Faz a hagiografia e o panegírico de um ilustre ninguém. Não é jornalismo, é outra coisa.

*Ruy Nogueira é publicitário.

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