Requião pede a exoneração do ministro de Minas e Energia por trair o presidente Lula

Governo adia assembleia de acionistas para eleger conselho de administração da Petrobrás

O governo federal decidiu adiar a assembleia de acionistas que elegerá o conselho de administração da Petrobrás. A decisão ocorre após parlamentares do Centrão e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), substituírem nomes de confiança do governo por pessoas ligadas ao mercado financeiro. A mudança foi articulada pelo banco BTG Pactual, na pessoa de Bruno Bianco, advogado que atuou nos governos Temer e Bolsonaro, com o objetivo principal de barrar mudanças na atual política de preços dos combustíveis da Petrobrás. A informação é do site Brasil 247.

O ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT), especialista em política energética, pediu a exoneração do ministro de Minas Energia por traição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Palácio do Planalto tem demitir Alexandre Silveira, avaliou o veterano político paranaense.

Com a composição pró-mercado, o Centrão conseguiu colocar na lista de indicados seus aliados: Pietro Adamo Sampaio Mendes, presidente do Conselho de Administração, Carlos Eduardo Turchetto Santos, Vitor Eduardo de Almeida Saback e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro. O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, teve uma derrota ao ver vetados nomes como do presidente da Fiesp, Josué Gomes, e do economista Eduardo Moreira.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) manifestou sua insatisfação com os indicados, que considera “nomes ligados ao bolsonarismo, ao mercado financeiro e a favor de privatizações”, afirma o coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar.

Indicado do ministro Alexandre Silveira, o atual secretário de Petróleo e Gás do MME, Pietro Mendes, foi secretário do ministério no governo Jair Bolsonaro, quando a pasta era comandada pelo almirante Bento Albuquerque.

Economia

Com a mudança na lista de indicados, a assembleia de acionistas da Petrobrás foi adiada. O objetivo do governo federal é eleger um conselho de administração alinhado aos interesses da Petrobrás, que priorize a política de preços dos combustíveis da estatal. No entanto, a composição pró-mercado tem gerado críticas de sindicatos e entidades ligadas aos trabalhadores da empresa. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) é uma das entidades que se manifestou publicamente contra os indicados ao colegiado.

Resumo da ópera: o Ministério de Lula pode ter a primeira baixa antes dos 100 dias de governo.

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