Problema do endividamento no Brasil não é falta de educação financeira, mas salários indignos e tarifas públicas abusivas

Educação financeira como cortina de fumaça para superexploração e os juros altos

O Projeto de Lei 268/23 é mais uma tentativa equivocada de resolver o problema do endividamento no país. A inclusão da educação financeira nos currículos da educação básica não resolverá o problema dos endividados, pois a causa não é a falta de conhecimento sobre finanças, mas sim a falta de salário digno e o alto custo de vida.

Os preços das tarifas públicas, como água, luz, pedágio, transporte, e combustíveis, são os principais fatores que levam as pessoas a se endividarem. Além disso, a falta de poder de compra dos trabalhadores é um problema grave que precisa ser enfrentado.

O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) argumenta que a educação política e financeira é importante para o pleno exercício da cidadania, mas o cerne do problema do endividamento não é a falta de conhecimento sobre política e finanças. O problema é a falta de políticas públicas que garantam um salário digno e preços justos para os serviços essenciais.

O Projeto de Lei 268/23 é um engodo que não resolverá o problema dos endividados. O governo precisa agir para garantir que os trabalhadores tenham um salário digno e possam pagar pelas tarifas públicas sem se endividar. Enquanto isso não acontecer, a população continuará a sofrer com o superendividamento e a inflação que corrói o de poder de compra da classe laboral.

A tese da educação financeira é uma cortina de fumaça para esconder a superexploração da mão de obra no País, a especulação privada em cima de tarifas públicas e a semiescravidão – que infelizmente foram observadas nas vinícolas no Sul. Nessa composição, não é de somenos importância a responsabilidade das taxas de juros, as maiores do planeta, nesse endividamento dos cidadãos.

Economia

Portanto, os tubarões do sistema financeiro e sanguessugas – associados à velha mídia corporativa – surrupiam os recursos orçamentários de Estados e da União, por meio da política de juros, enquanto culpam os trabalhadores por sua suposta falta de educação financeira. É um horror!

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