O ex-senador Roberto Requião (PT) publicou um áudio no Twiter, nesta segunda-feira (23/1), advertindo o presidente Lula da “loucura desnecessária” que seria criar uma moeda comum da Argentina e do Brasil.
Requião já presidiu o ParlaSul e o EuroLat, parlamentos comuns entre países da América Latina e da Europa, quando ainda ele era Senador da República.
Leia o que disse Requião nesse áudio:
Vejo agora pela internet que o nosso presidente Lula levará a Buenoss Aires, ao [Alberto] Fernández, uma proposta que já foi ventilada pelo Haddad – ministro da Fazenda.
Uma moeda única do Brasil e da Argentina, podendo se estender a outros países sul-americanos, eu acho isso terrível, uma moeda única com Banco Central independente Internacional – pior que o Banco Central independência do Brasil. Brasil e Argentina perderiam a sua capacidade política econômica.
O que aconteceu com a única no mercado comum europeu foi o Euro, que é comandado pelo banco central alemão? A moeda da Alemanha, desvalorizada, teve compatividade incrível e os países mais pobres perderam completamente a possibilidade de desenvolvimento com sobrevalorização de sua moeda.
Eu acho essa proposta do Sur uma locucura! Ela [proposta] queria um banco central independente do Brasil e da Argentina na mão do mercado aqui essa minha advertência de quem foi presidente o presidente do Parlamento europeu latino-americanos nos últimos anos.
Nessa proposta, a meu ver, uma doidice perdoe. Essa é a explicação e a indignação de quem já entendeu e estudou esse problema – e conhece as consequências.
Aqui você pode ouvir a integra do áudio de Requião:
Possíveis impactos negativos da moeda comum entre países
As moedas comuns entre países podem ter vários impactos negativos. Um deles é a perda de capacidade de política monetária independente para os países membros. Isso significa que eles não podem ajustar suas taxas de juros ou usar outras ferramentas para gerenciar suas economias de acordo com suas necessidades específicas.
Outro impacto negativo é que pode haver desequilíbrios econômicos entre os países membros, com alguns países tendo uma taxa de desemprego mais alta ou um crescimento mais lento do que outros. Isso pode criar tensões entre os países e dificultar a cooperação econômica.
Além disso, a moeda comum também pode levar a uma maior volatilidade dos preços e uma maior vulnerabilidade a choques externos, como aumentos nos preços das matérias-primas ou mudanças nas taxas de câmbio.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.