Lula e Alberto Fernández lideram esforço por moeda comum para Brasil e Argentina

Roberto Requião (PT) considera um “grave erro” econômico a ideia da moeda comum entre os países do Mercosul

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está em solo argentino para sua primeira visita internacional. Ele assinará um acordo estratégico com o governo argentino e participará da cúpula da CELAC, que será realizada na terça-feira. Antes do encontro, o presidente Alberto Fernández expressou que “é um bom momento para o Brasil voltar à Celac porque é um país muito importante para se ausentar dos fóruns internacionais, como aconteceu com (Jair) Bolsonaro“.

Além disso, Fernández garantiu que, nos últimos anos, durante os governos neoliberais que os antecederam, a relação entre os dois países perdeu muito potencial, mas que isso será revertido com os acordos que vão começar graças à assinatura de um “acordo estratégico” que se concretizarão esta segunda-feira na Casa Rosada onde o ponto central será a assinatura para começar com a criação de uma moeda comum para trocas comerciais.

O acordo que os dois líderes assinarão incluirá um mecanismo que permitirá a criação de “uma moeda sul-americana comum”. A ideia seria, no futuro, alargar esta ideia ao resto dos países da região. “Duas nações irmãs se reencontram. Uma relação que nunca deveria ter sido interrompida e que a história da irmandade latino-americana faz acontecer novamente”, disseram Fernández e Lula em documento publicado no domingo, antes do encontro bilateral. A viagem, dizem, marcará um novo começo, no ano em que se comemora o bicentenário das relações diplomáticas entre os dois países.

Um dos possíveis nome para a nova moeda seria “Sur” [Sul, em português].

Mas, porém, no entanto, essa política de moeda comum não é consenso na esquerda brasileira. O ex-governador do Paraná, Roberto Requião (PT), considera essa proposta um “grave erro” econômico.

Economia

“Com a moeda única do Sul, Brasil e Argentina perdem a capacidade de realizar política econômica. Erro grave”, disse Requião, que já presidiu a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado do Brasil.

Veja a chegada de Lula na Argentina [vídeo]:

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