Hoje, quinta-feira (31/8), o Distrito Federal está passando por um verdadeiro dia “gordo” em termos de movimentação política e policial.
Parece que a política está se tornando quase uma delegacia de polícia, com os principais protagonistas desfilando pelas manchetes.
Vamos desvendar as últimas reviravoltas e confusões deste dia agitado.
O ministro do STF, Cristiano Zanin, enfrenta um desafio de proporções gigantescas.
O julgamento do marco temporal de terras indígenas está sobre seus ombros.
Um voto decisivo que moldará o futuro de comunidades indígenas e a política fundiária.
Será que ele se sairá como um guerreiro da justiça ou como uma peça no tabuleiro político do Centrão?
Mas a tarefa de Zanin não é fácil, especialmente após seu voto a favor da descriminalização da maconha para uso pessoal.
Os militantes lulistas o veem com um olhar de desconfiança.
Será que ele estará à altura das expectativas desses defensores ferrenhos do presidente Lula (PT)?
Por outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido por suas palavras afiadas, parece ter adotado um novo mantra: silêncio.
No depoimento à Polícia Federal sobre as controversas joias sauditas, ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro optaram por não dar muitos detalhes.
Será que estão seguindo o conselho do ditado “quem cala, consente”?
Enquanto Bolsonaro e sua esposa permanecem em silêncio, outros não conseguem manter suas línguas quietas.
Mauro Cid, Lourena Cide e Wassef têm muito a dizer.
Será que estão entregando os segredos que estavam guardando tão bem?
O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Gonçalves Dias, em depoimento na CMPI do Golpe, não está poupando palavras ao falar sobre os golpistas que invadiram o Palácio do Planalto em 8/1.
Ele jurou que adotou medidas “duras”no dia 8 de janeiro para conter os invasores, mas a culpa pelo vandalismo foi atribuída à PMDF.
A política brasileira está começando a se assemelhar a uma delegacia de polícia.
Com interrogatórios, confissões e até mesmo aqueles que preferem o silêncio, cada dia traz novos episódios de um drama digno de novela.
Quem precisa de entretenimento televisivo quando a política está oferecendo um espetáculo tão intrigante?
Não é à toa que a chapa-branca TV Globo cobre todos os detalhes desses dramas policialescos, que invadiram a política desde as jornadas golpistas inciadas em 2005 [AP 470], retomadas em 2013 [manifestações contra a Copal e 20 centavos] e consumadas em 2016 [impeachment de Dilma] e 2018 [prisão ilegal de Lula].
Jesus, me abanda.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Eles não falaram, mas, a mídia conservadora, estão informando que o CID filho e pai, estão falando tudo que é perguntado a eles. Então está estratégia da PF está correta. Os Bozos não falaram, mais seus comparsas estão falando. E ainda o Wassef falou em SP, e disse que tudo que falou ficou entre ele e a PF. Que mais tarde irá para conhecimento do Ministro Morais. As coisas estão ficando nebulosas para os Bolsonaros, do pai, madastra até os filhos do abobado.