TV Globo anuncia maior mudança em 20 anos para “apagar” marcas do antipetismo e do antilulismo

A emissora líder de audiência no Brasil, a TV Globo, anunciou uma significativa mudança em sua liderança, marcando uma transição notável no setor de Jornalismo, que tenta agora “apagar” as marcas recentes do antipetismo e do antilulismo para ser tornar uma estação chapa branca.

Após 14 anos à frente dessa área estratégica, Ali Kamel deixará o comando, abrindo caminho para Ricardo Villela assumir a direção geral de Jornalismo da Globo a partir de janeiro de 2024.

Kamel, que estava à frente do Jornalismo desde 2009, assumirá a função de coordenador do Conselho Editorial do Grupo Globo, liderado por João Roberto Marinho.

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A notícia da mudança, divulgada nesta terça-feira (29/8), ressalta a decisão de Kamel de se afastar das funções executivas e atividades diárias após 34 anos no Grupo Globo, sendo 22 deles na própria Globo, ocupando posições de destaque.

Seu pedido, de acordo com a carta escrita por Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, foi feito no ano passado, revelando o desejo de desacelerar e dedicar mais tempo a outras atividades.

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A sucessão de Ali Kamel será conduzida por Ricardo Villela, que já acumulou vasta experiência em diversos cargos-chave dentro da emissora.

Desde sua chegada à Globo em 2005, Villela ocupou cargos como editor de política, editor-executivo e editor-chefe do Jornal da Globo.

Além disso, coordenou o Jornal Nacional e liderou redações em São Paulo e Brasília, culminando nos últimos dois anos como diretor-executivo de Jornalismo.

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Villela já estava atuando nos bastidores de forma destacada, sendo responsável por lidar de perto com as demissões ocorridas na emissora entre abril e maio, envolvendo o setor de Jornalismo.

A mudança na direção de Jornalismo da Globo terá efeitos em cascata.

Com a promoção de Villela, a vaga de diretor-executivo será ocupada por Miguel Athayde, atual diretor da GloboNews, canal de notícias do grupo.

A liderança da redação no Rio de Janeiro ficará a cargo de Marcio Sternick.

Refis 2023

Um elemento importante que envolve essa mudança é a relação histórica da TV Globo com a política brasileira.

A emissora, sendo a principal parceira do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em termos de anúncios, tem em seu histórico sua participação no processo que culminou no impeachment de Dilma Rousseff em 2016, a ascensão de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), e a ilegal prisão de Lula em 2018.

Também pode-se atribuir à Globo o fetiche da operação Lava Jato e o populismo penal representado pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR), que corre o risco de ser cassado pelo TRE-PR (Tribunal Regional do Paraná).

A Globo observa que Ali Kamel, como diretor de Jornalismo, liderou a cobertura de eventos significativos, incluindo eleições presidenciais e municipais, bem como a cobertura crucial da pandemia de COVID-19.

Segundo Marinho, sua capacidade de construir equipes e sua dedicação à profissão foram notáveis ao longo de sua carreira na Globo.

A transição na liderança do Jornalismo da Globo, bem como a criação da função de coordenador do Conselho Editorial do Grupo Globo para Ali Kamel, sinaliza uma nova fase na história da emissora, enquanto se adapta às mudanças no cenário político e midiático do Brasil.

Kamel foi quem liderou os ataques a Lula e ao PT, portanto, nesse novo momento, ele se tornou um entrave às novas parcerias comerciais da emissora carioca.

Com a entrada de Ricardo Villela, a Globo busca “apagar” a imagem de antipetista e antilulista com o intuito de manter sua posição de liderança na captação de anúncios publicitários e na cobertura de notícias no país.

Não é à toa que até o apresentador do principal telejornal da casa, o Jornal Nacional, William Bonner, passou a usar barba ao estilo Lula.

Setores do governo Lula acreditam que compraram a Globo, numa espécie de déjàvu.

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4 Replies to “TV Globo anuncia maior mudança em 20 anos para “apagar” marcas do antipetismo e do antilulismo”

  1. O engraçado disso tudo, é que a Globo acaba caindo de luva naquela frase, ” faça o que eu digo, mas, não faça o que faço”. O que eu quero dizer, é que a Globo ao se posicionar agora de forma a não atacar o PT, no seu editorial de hoje (29/08/2023) ela rejeita que se deva pedir desculpa a ex- Presidente Dilma e afirma que não se pode mudar a história. Realmente mudar a história ninguém irá conseguir. Afinal ajudaram a orquestrar o GOLPE contra o Presidente Eleita Legitimamente. Pode dizer o que eles bem entendem, mas, a história está aí para os contrariar.

  2. Jamais pensei que eu estaria do outro lado, contra Lula. Mas, também não a favor da Globo. Os dois se merecem.

  3. Acredito que isso, por consequência, vai refletir nos rumos do jornalismo esportivo da Globo também… não apenas na diretoria respectiva, hoje sob o comando do Renato Ribeiro…

  4. Acredito que isso, por consequência, vai refletir nos rumos do jornalismo esportivo da Globo também…

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