Putin analisa iniciativas de paz do presidente Lula na Ucrânia, diz agência russa

Enquanto isso, ONU aprovou resolução não obrigatória por 141 votos a 7 e 32 abstenções

Moscou está estudando as propostas de paz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Ucrânia, mas está levando em conta a evolução da situação “no terreno”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, em entrevista à TASS.

Aqui você encontra as seguintes informações:

  • A Rússia está examinando as propostas de paz de Lula, mas está levando em conta a evolução da situação “no terreno”.
  • O Brasil é parceiro estratégico de Moscou bilateral e globalmente, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.
  • A Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional e sua recusa em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev.
  • O presidente Lula afirmou que as autoridades do país não tinham intenção de transferir armas e munições para terceiros países para serem usadas no conflito ucraniano.

“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os atores. Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação ‘no terreno'”, afirmou o diplomata russo.

Galuzin enfatizou a importância da visão do Brasil, que é parceiro estratégico de Moscou bilateral e globalmente. “Estamos interagindo de forma construtiva no BRICS, G20, ONU e seu Conselho de Segurança, onde esta nação agora é representada como membro não permanente”, acrescentou.

A Rússia aprecia o fato de o Brasil não fornecer armas a Kiev, apesar da pressão dos EUA, enfatizou o vice-ministro das Relações Exteriores.

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“Gostaria de enfatizar que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional, sua rejeição a medidas coercitivas unilaterais tomadas pelos EUA e seus satélites contra nosso país e a recusa de nossos parceiros brasileiros em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev”, disse ele.

“Ao mesmo tempo, podemos ver como Washington está pressionando o Brasil. Essa postura soberana merece respeito”, acrescentou Galuzin.

Anteriormente, o presidente Lula declarou que as autoridades do país não tinham intenção de transferir armas e munições para terceiros países para serem usadas no conflito ucraniano.

ONU aprova resolução

A China se absteve durante a votação da ONU sobre uma resolução não obrigatória que pedia a retirada das tropas russas da Ucrânia e a suspensão dos combates. A resolução também buscava a promoção da paz no país.

A votação de 141 a 7 com 32 abstenções, incluindo a China, foi ligeiramente menor do que as votações anteriores sobre o mesmo tema.

Desde que a Rússia enviou tropas e tanques através da fronteira para seu vizinho menor, esta foi a sexta resolução aprovada pela ONU.

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