PGR Augusto Aras ganha despedida no Supremo Tribunal Federal com direito a choro

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão desta quinta-feira (21/9), prestou homenagem ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que está deixando a chefia do Ministério Público Federal (MPF) após quatro anos.

Aras se despedirá de suas funções na próxima semana.

Mendes fez questão de ressaltar o contexto desafiador em que Augusto Aras assumiu a liderança do MPF, enfrentando uma pandemia global que afligiu o mundo, eleições polarizadas que dividiram a nação e inúmeros ataques à democracia, culminando com a invasão dos edifícios dos três Poderes da República em 8 de janeiro.

O ministro enfatizou que, mesmo diante dessas adversidades, o procurador-geral da República demonstrou firmeza no seu compromisso com o Estado de Direito, adotando uma postura de equilíbrio, sensatez e austeridade na condução do órgão máximo do MP.

O decano do STF também destacou a colaboração próxima e construtiva entre Augusto Aras e a Suprema Corte ao longo de sua gestão, enfatizando a defesa da independência dos Poderes e do respeito às decisões judiciais.

Em seu discurso de despedida, o procurador-geral da República expressou sua gratidão pelo diálogo respeitoso que manteve com as instituições nos últimos quatro anos.

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Ele reforçou que, dentro das distintas e complementares competências que a Constituição atribui ao Judiciário e ao Ministério Público, a missão final é uma só: construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais, e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer forma de discriminação.

Aras conclamou todos os envolvidos a continuarem dedicados a essa nobre missão em prol de um Brasil melhor.

Por fim, Augusto Aras agradeceu pelo trabalho harmônico e coordenado em torno de um projeto de Ministério Público fortalecido pela unidade, equilíbrio e eficiência.

“O chamado do Ministério Público, tal como o evangelho de Cristo, é o de servir e bem servir a todos os brasileiros indistintamente, e assim fizemos ou procuramos fazer diuturnamente”, declarou.

O PGR Augusto Aras é considerado um dos principais coveiros da finada Lava Jato, pois foi iniciativa dele a extinção da força-tarefa de Curitiba em um contexto de ilegalidades e violações cometidos por procuradores.

Segundo um perdigueiro do Blog do Esmael, presente no plenário do STF, teve ministro que verteu lágrimas na despedida de Aras.

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