Perdeu, Bozo: maioria é a favor de manter isolamento social, diz pesquisa

A maioria dos brasileiros é a favor de manter isolamento social, diz a Paraná Pesquisas.
A Paraná Pesquisas mostra nesta terça-feira (21), Dia de Tiradentes, que Joaquim Silvério dos Reis, ops!, Jair Bolsonaro, não tem apoio da maioria para levantar o isolamento social na epidemia de coronavírus.

Apesar de considerarem importante o emprego e a renda, os brasileiros creem ser mais fundamental ainda a vida. Por isso, segundo o instituto de pesquisas, 53,2% é favorável a manter o isolamento social para evitar a infecção pelo coronavírus, enquanto necessário, independente da crise ou impacto econômico.

Segundo o levantamento da Paraná Pesquisas, 42,7% não manteriam a quarentena em um quadro de impacto econômico.

A maioria tem razão porque, de acordo com 29 estudos do Instituto Cochrane, a quarentena e medidas de isolamento social reduzem de 31% a 63% o número de mortes por coronavírus (Sars-CoV-2).

O Brasil tem 40.814 casos confirmados de coronavírus e 2.588 mortes até às 13h53 de hoje (21/04).

Quanto à sondagem, a Paraná Pesquisas afirma que entrevistou 2.218 brasileiros maiores de 16 anos, entre os dias 13 e 16 de abril, em 26 estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

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Fernando Haddad: “Não há UTI para a democracia!”

ex-ministro e principal adversário de Bolsonaro na eleição de 2018, Fernando Haddad (PT), disse que é um erro minimizar os ataque à democracia vindos do presidente.

Segundo o petista, “quando o verme do autoritarismo se instala, não há respirador que supra o ar que faltará. Não há UTI para a democracia.”

Haddad se dirige aos que tentam contemporizar os ataques autoritários de Bolsonaro contra a Democracia e as instituições, principalmente os poderes Legislativo e Judiciário.

Apos as últimas atitudes do presidente está se formando um certo consenso na oposição de que é preciso unificar o discurso do “Fora, Bolsonaro!”.

Bolsonaro leva ‘puxão de orelha’ das Forças Armadas

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, emitiu uma nota oficial que dá um ‘puxão de orelha’ no presidente Bolsonaro e seus arroubos antidemocráticos.

A nota é telegráfica, não entra em pormenores e diz o óbvio; que as “Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal.”

Ou seja, afasta qualquer sonho golpista que Bolsonaro possa acalentar. E, na sequência, afirma que o momento atual “exige entendimento” que é tudo o que Bolsonaro não tem se esforçado para alcançar.

Se Bolsonaro vai se comportar a partir de agora é difícil dizer, mas o estrago já está feito. Leia a íntegra da nota:

Nota oficial do Ministro da Defesa

As Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal.

O momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros.

Nenhum país estava preparado para uma Pandemia como a que estamos vivendo. Essa realidade requer adaptação das capacidades das Forças Armadas para combater um inimigo comum a todos: o Coronavírus e suas consequências sociais.

É isso o que estamos fazendo.

Fernando Azevedo e Silva
Ministro de Estado da Defesa

Bolsonaro é uma ofensa à memória de Tiradentes, herói nacional

Neste feriado de 21 de abril, é momento de reflexão de todos os brasileiros de quão é ofensivo o presidente Jair Bolsonaro à memória de Joaquim José da Silva Xavier –o nosso Tiradentes, patrono cívico do Brasil e de várias polícias militares e civis nos estados.

Bolsonaro é o avesso de Tiradentes porque ele [o presidente] é da linhagem vira-lata, que se submete ao estrangeiro, vide a relação de submissão canina ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa dependência emocional do capitão brasileiro é motivo de chacota em cartoons aqui e alhures.

Tiradentes morreu enforcado no dia 21 de abril de 1792, qual seja, há 228 anos porque organizara uma revolta contra o excesso de impostos da Coroa de Portugal em Minas Gerais. O grupo também almejava uma revolução pela independência nacional.

Os Inconfidentes Mineiros foram delatados aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, símbolo de traição nacional, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda.

Bolsonaro tem sido comparado a Silvério dos Reis nesses tempos de coronavírus, e com razão.

O presidente da República tem feito gestões contra o confinamento social que podem levar à morte milhões de brasileiros. Além disso, Bolsonaro assegura que bancos e especuladores preservem seus bilionários e até trilionários rendimentos, às custas do orçamento público, enquanto deixa o povo passando fome e à própria sorte.

A grave crise econômica no Brasil atual é anterior à pandemia da Covid-19, fruto de escolhas políticas e ideológicas –submissas a Trump e aos EUA– contrárias aos interesses e à soberania nacional.

Bolsonaro faz um governo de traição nacional quando esmaga direitos sociais da sociedade e dos trabalhadores brasileiros, atenta contra o patrimônio público, se alia aos mais ricos para subjugar os mais pobres e desvalidos.

Desde a Proclamação da República no Brasil, em 1889, Tiradentes é considerado herói nacional. O mártir foi criado pelos republicanos com a intenção de ressignificar a identidade brasileira.

Portanto, Bolsonaro é uma ofensa à memória de Tiradentes e à tradição republicana do Brasil.