No Paraná, um milhão de pessoas passam fome todos os dias enquanto 6 milhões têm insegurança alimentar

  • No Paraná, 53,5% das pessoas sofrem com a fome ou algum nível de insegurança alimentar
  • Os paranaenses e os brasileiros precisam de governos que priorizem o combate à fome e a redução das desigualdades sociais, diz Requião na véspera do comício com Lula na Boca Maldita, neste sábado (17/09)

O Paraná é o segundo produtor de grãos do Brasil. Mas, apenas 46,5% das famílias paranaenses têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais. O restante sofre com algum tipo de insegurança alimentar: leve, moderada ou grave (fome). A informação consta do Vigisan (Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil), divulgado na quarta-feira (14/09).

O plano de governo de Roberto Requião, candidato a governador do Paraná pela Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), prevê o apoio aos agricultores e seus filhos para mudar essa situação. A ideia é promover uma produção diversificada e que leve alimento de qualidade para a mesa da população.

Já o governador cessante Ratinho Junior (PSD) não se pronunciou sobre um milhão de pesssoas passando fome todos dias enquanto outras 6 milhões têm insegurança alimentar.

No âmbito nacional, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prefere o “negacionismo” quando a questão é a volta na fome e da miséria.

De acordo com o levantamento do Vigisan, no total, 53,5%, ou mais da metade dos paranaenses sofrem com algum nível de insegurança alimentar. O percentual é o maior entre os três estados da região Sul. No Rio Grande do Sul, são 47,6% das pessoas nessa condição. Em Santa Catarina, 40,6%.

A informação do Vigisan foi divulgada pela Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). A coleta de dados foi realizada em 12,7 mil domicílios de todo o país, em áreas urbanas e rurais, entre novembro de 2021 e abril deste ano.

Economia

O levantamento aponta que 29,9% dos paranaenses enfrentam insuficiência alimentar leve, quando a qualidade da alimentação de alguma forma já está comprometida. Outros 15% sobrevivem com insegurança alimentar moderada, quando têm comida, mas em quantidade insuficiente. E 8,6% enfrentam insuficiência grave, o que significa privação do consumo de alimentos, ou seja, fome.

Nos domicílios do Paraná onde vivem crianças com até dez anos de idade, o percentual de pessoas com fome salta para 23,2%.

O Paraná tem cerca de 12 milhões de habitantes e é o quinto mais rico do País, segundo dados do IBGE.

Segurança alimentar

No plano de governo de Roberto Requião, o Leite das Crianças será ampliado com o programa Leite paranaense, de compra do produto de pequenos produtores para distribuir nas escolas e para a população na terceira idade). Também haverá o programa Alimentação na escola, com compras locais de alimentos de qualidade, sem veneno; o Comida Saudável (pesquisa e apoio à agricultura saudável) e o programa de compras de alimentos saudáveis e abastecimento popular. Políticas públicas que irão melhorar a segurança alimentar dos paranaenses.

– O governo precisa ter identidade com as pessoas, fraternidade e solidariedade. A minha candidatura está colada à de Lula. É o único caminho para a reconstrução de uma nação que respeite seu povo – diz Roberto Requião. “Os paranaenses e os brasileiros precisam de governos que priorizem o combate à fome e a redução das desigualdades sociais”, completou Requião, na véspera do comício com o ex-presidente Lula, neste sábado (17/09), na Boca Maldita, em Curitiba.

Blog do Esmael, notícias verdadeiras.

LEIA TAMBÉM